21
Feb 10

As Escolhas do MV (XIX)

Aos poucos a ver se consigo voltar a fazer isto às 6as feiras:

  • aqui há uns dias alguém perguntava sobre se havia alguma alternativa ao del.icio.us, aquele que já foi o melhor serviço para guardar e partilhar bookmarks. Embora ainda mantenha a minha conta no delicious (vá, vão lá roubar links), tenho estado a migrar os meus bookmarks para o Pinboard.in, que foi o serviço que sugeri para substituir o delicious. É pago (no business model que advogo há muito tempo de “onetime/lifetime” payment; não percebo porque não há mais serviços a usá-lo), mas vale a pena. O ter um pagamento para se entrar garante que a taxa de estúpidos é menor e que a qualidade dos links partilhados é maior. Os meus bookmarks estão aqui.
  • querem deixar de andar a apanhar arroz, apresentar um projecto à Seed Capital para uma startup, mas não têm ideias? Run, dont walk, to the nearest lazyweb spot.
  • não sou grande fã de Eric Clapton, mas apanhei no Youtube uma música dele que a minha banda costumava tocar, de seu nome Bad Love. Não me perguntem porquê, mas esta musica (e video) fizeram-me lembrar outra que não tem nada a ver e que está na minha playlist dos 80s: “Cuddly Toy” dos Roachford. Fica a referência, quanto mais não seja serve como contraponto, para eu não ficar por aí com imagem de intelectualóide de esquerda liberal.
  • acabei de ler o “Case for Christ”, referido nas últimas escolhas. Se fosse mais tendencioso não dava para ter o livro na estante que empurrava os outros todos. Enfim, é bom saber que os argumentos são fracos. Comecei e acabei de ler o “Enders Game”, sendo que já tinha lido há uns tempos o “Enders Shadow” (supostamente para ler depois). Boa ficção científica, nada demais, já li bem melhor. É muito estilo “Star Wars meets Galactica” para o meu gosto. Ide ler qualquer coisa do Richard Morgan que ficam melhor servidos.
  • eu vou repetir: não, as minhas opções políticas não são de extrema direita. E se fossem, seriam tão legítimas como as de extrema esquerda. Ao contrário da esquizofrenia moral da esquerda e da direita, eu sou individualista tanto no plano económico como no plano social: sou contra a existência de um salário mínimo mas sou a favor da liberalização das drogas; sou a favor de impostos baixos mas sou contra o fundo de desemprego; sou a favor do aborto mas em contrapartida sou a favor da privatização da saúde. Sou minarquista a caminho de anarco-capitalista. Mas vivia bem com uma autocracia liberal tipo Hong Kong.

And now, Elvis has left the building…


17
Feb 10

Interregno

Fernando Pessoa, “O Interregno”, 1928

“Três Doutrinas do Interregno:
1. A Nação está divida contra si mesma
“(…) porque não temos uma ideia portuguesa, um ideal nacional, um conceito missional de nós mesmos”.
2. Portugal, hoje, é um Estado de Transição
“(…)a condição de um país em que estão suspensas as actividades superiores da Nação como conjunto e elemento histórico (…), mas não está suspensa a própria Nação como conjunto e elemento histórico (…), mas não está suspensa a própria Nação que tem de continuar a viver e, dentro dos limites que esse Estado lhe impõe, a orientar-se o melhor que pode. (..) os governantes de um País em um período destes, têm pois que limitar a sua acção ao mínimo, ao indispensável.”
3. As esferas superiores da Nação acham-se quase completamente desnacionalizadas
“Estamos hoje sem vida provincial definida, com a religião convertida em superstição e em moda, com a família em plena dissolução. (…) Ora um país em que isto se dá, e em todos sentem que se dá, um país onde (…) não pode (…) haver opinião pública em que elas se fundem ou com que se regulem, nesse país todos os indivíduos e todas as correntes de consenso, apela,instintivamente ou para a fraude ou para a força, pois, onde não pode haver lei, tem a fraude, que é a substituição de lei, ou a força, que é abolição dela, necessariamente que imperar.”

Vá, ide ler. Afinal é Fernando Pessoa, não se pode contestar nem há que enganar.

O Interregno, texto integral

O Interregno, original


16
Feb 10

A Ilha de Gasta e a Ilha de Poupa

Porque é que um deficit é uma coisa má?

Para entender porquê, vamos fazer uma viagem a duas ilhas tropicais isoladas, de igual tamanho, ao lado uma da outra: Gasta e Poupa.

( Traduzido e adaptatado de http://is.gd/8wwNa )

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14
Feb 10

As Escolhas do MV (XVIII)

Been. Busy. Back.

  • And now for something completely different… As últimas semanas, para além de reuniões e contratos, foram gastas a investigar algumas tecnologias na área da programação de jogos. O problema em questão é: como desenvolver um jogo uma única vez e tê-lo a funcionar em multiplas plataformas, por exemplo Wii+XBox+PS3. Não é trivial; mas também não é solução desenvolver 3x o mesmo jogo. Para já os candidatos são 3: o Torque, o Unity e o Q. Este último, menos conhecido, é o que parece mais promissor. Há alternativas? A gerência agradece as sugestões.
  • Como testar se uma ideia para uma empresa/startup vale a pena? A esta lista de 5 pontos eu usava apenas duas e acrescentava uma: 1) procurar se existe concorrência; 2) procurar se os potenciais clientes têm um problema/necessidade; e 3) (a minha), desenvolver um protótipo/proof-of-concept.
  • Quanto à escolha video/musical, sugestão para ouvirem uma banda subestimada e com uma originalidade que não se vê há muito tempo: Jane’s Addiction. Das melhores coisinhas que surgiram no fim dos anos 80, inicio dos anos 90. Da altura fica o Been Caught Stealing, de um dos 2 ábums que editaram. Só voltam a fazer alguma coisa em 2003, depois de se voltarem a formar, da qual se retira o Just Because.
  • Um dos jogos preferidos da minha adolescência (no ZX Spectrum, claro) era o Deus Ex Machina. Talvez o primeiro jogo multimédia e talvez o primeiro art/arthouse game. Muita noite passei de luzes apagadas em frente à TV e a jogar com os phones nas orelhas a ouvir a banda sonora. Teaser: Deus Ex Machina 2 – 25th Anniversary. God knows what happens next… Don’t I.
  • nestas últimas duas semanas comecei e acabei de ler o Crazy From the Heat e comecei a ler o The Case for Christ. O primeiro é a autobiografia, escrita de forma pouco convencional, do David Lee Roth (antigo e actual vocalista dos Van Halen, entre outras coisas). Os episódios contados são hilariantes, muito ao estilo dele. O segundo é uma investigação feita por um jornalista sobre a veracidade da existência e dos factos sobre Jesus Cristo. Diz ele que depois da investigação passou de ateu a crente. Bem, quanto à existência de Cristo, nada de novo, isso é tido como certo e sabido, mesmo pelo ateu mais ferrenho. Quanto aos factos é que há divergências. E o livro não apresenta nada que convença. Talvez porque a quase totalidade das pessoas entrevistadas seja crente e membro desta ou daquela organização católica/cristã. Belo jornalismo…
  • o Brasil teve uma e a França também. Nós também queremos e precisamos de uma, porque esta está morta, cheira mal e só não está enterrada. Por trapalhadas menores um Governo com maioria absoluta foi demitido por um Presidente com um défice republicano.  Sugestão: o Presidente da República depõe o Governo e não convoca eleições; governa ele com o Conselho de Estado (e com o Estado Maior das Forças Armadas a apoiar) até a Assembleia criar uma nova Constituição e o Povo a votar em referendo. Sim, há quem tenha tido a coragem de deixar o Povo Português referendar uma Constituição.

Gone.


13
Feb 10

You Dont Realize You Are Samurais

This is probably going to be re-blogged and re-tweeted and re-buzzed to hell and back, but I want it here on my blog. If you are an entrepreneur, watch it. If you intend to be an entrepreneur, watch it. If you are a drone at some multinational company, watch it.

I can relate, in more ways than you would guess, to what Jason has to say during the first 20 minutes. I always disliked Jason a little bit, dont ask me why, but I have found a new respect for him after this speech.

And remember: if you are a rice picker, all you have to do is pick up the sword.