06
Mar 10

As Escolhas do MV (XXI)

Its been a busy week…
  • às vezes já não tenho pachorra para aturar o MSWindows, o MacOSX e até mesmo o Linux. Já não trazem nada de novo, não têm desafio nenhum. Às vezes apetece-me mudar para o Oberon ou o Plan9. O primeiro tem a piada de não haver distinção entre aplicações e documentos: uma aplicação é um documento e um documento é uma aplicação. Também não há linha de comando: qualquer parte de um documento pode ser um comando. Pretty weird stuff. Adicionalmente tem também uma linguagem própria chamada… Oberon. Very much fun. Pode ser instalado directo em várias máquinas como sistema operativo mas também pode ser usada como uma aplicação normal. O segundo, o Plan9, é o sucessor do Unix, escrito precisamente pelos tipos que já tinham criado o Unix. Tem a piada de todos os recursos do sistemas serem representados por ficheiros: a memoria é um ficheiro; o disco é um ficheiro; os processos são ficheiros; um socket é um ficheiro; uma janela é um ficheiro; uma janela num servido remoto é um ficheiro. O Linux (e outros later Unix) já têm muito desta lógica (/proc por exemplo) mas não de uma forma tão avançada e tão completa como o Plan9. Pode ser usado directo como sistema operativo (em hardware ou VM) embora haja parte dele disponível em userspace.
  • nos últimos meses têm aparecido várias versões de documentos legais públicos/abertos para concretizar investimentos de venture capital em empresas seed/startup. Vale a pena ler e estar familiarizado com alguns dos termos e condições que normalmente são usados. Mas também convém ter a percepção que os documentos não têm tradução ou aplicação directa à realidade portuguesa (e até europeia) uma vez que o sistema legal americano (e britânico) são bastante diferentes do sistema legal europeu. Esperamos em breve publicar a nossa própria versão do mesmo tipo de documentos.
  • esta semana fui ver o concerto do John Waite no S.Jorge em Lisboa. Não se lembram do John Waite? Do clássico “Missing You”? São uns ignorantes então. Ide lá ver como se canta ao vivo, mesmo com já quase 60 anos. Também vale a pena ver os seus tempos iniciais de carreira quando pertencia aos “The Babys” ou algumas músicas dos “Bad English” onde era vocalista.
  • acabados de ler os dois livros da semana passada, limpei em 2 ou 3 noites o “Kiss and Make-Up” uma biografia do Gene Simmons, baixista dos KISS. 35 anos de rock n roll life são, obviamente, hilariantes.
  • has man the right to exist if he refuses to serve society?

Nota pessoal: foi também a semana em que formalmente recebi o título de mestre. Como indica a foto com as togas que um artista (o outro da foto) resolveu partilhar para vossa apreciação, gáudio e divertimento com as figuras a que um homem chega.


03
Mar 10

Why Twitter Won’t Endure

I remember when I first started using Twitter intensively.

I had initially registered in March 2007, when Twitter first rolled out at SXSW, just for testing out Twittervision (I found the concept interesting). I have tried most computer mediated communications applications since the late 80s, from BBS boards and chat to voice and video conferencing and going through email, Usenet, forums, blogs, etc. And so I also registered and tried out Twitter.

I didnt find it that interesting. The name itself made you thought not only of pointless chatter but also of baseline stupidity (as in “a twit”). Still, having demoed the microblogging concept to my students, I started using it intensively at the end of 2007. It was somewhat useful, as an extension of publishing your IM status or as an alternative tool for blogging, when you had some issue that didnt warrant a full blog post. This was before it started to be bastardized with the @somedimwit “invention” and becoming a worldwide chat system. I, of course, was one of the culprits.

As all CMC applications (and chat in particular) it was initially very useful and very interesting. This, like in all CMC apps, depends on the number of users on the system. And on their intelligence level. Any online public space, as soon as it gets a huge influx of newbies, very quickly turns into a “tragedy of the commons”. Case in point, the yearly September invasion of Usenet by new college students who got access to the Internet for the first time. Or the AOL invasion of Usenet and its subsequent death.

At the end of two years, in February 2009, I decided to stop using Twitter. To stop using it as a chat system, mind you. I’ve kept on publishing my status and/or use it as a microblog. Just like I do with Facebook, MySpace, Hi5 and a dozen others. I dont follow anyone and I dont reply to @ messages. Fundamentally because of what I referred above: the influx of huge amounts of clueless users (can you say Oprah and Ashton?) started to turn Twitter into a mindless chatter of dimwits, where the information to noise ratio started going down very fast. And, as all CMC apps (chat in particular), because of that Twitter started to turn into a flamewar free for all and/or bonfire of vanities.

From my experience with previous online communities and group chat systems, Twitter is a fad and isnt here to stay.

And I’m not alone.

Quoting BusinessWeek: “There simply aren’t enough new users to make up for defecting ones after a certain point,” writes David Martin, VP of Primary Research at Nielsen Online. With its current retention rate, Martin calculates the service could never reach more than 10% of the Internet population, even in a best-case scenario.

Martin also compares Twitter to Facebook and MySpace. Even in their early days, those sites had double the retention rate of Twitter when it started. Today, both hover around 70%.

If people can’t form a lasting Twitter habit, even when the site is at its trendiest, that’s the tell-tale sign of a fad.”

Like all previous online chat systems, it might look that Twitter is here to stay and that it is becoming part of the plumbing of the Internet. But thats what was thought of other technologies like Usenet, IRC or ICQ. And they all died within a few years of its peak.

Why is that? Well, for starters because any centralized system tends to fall together at the seams and be replaced by decentralized systems. In that line, IRC was 10x better than Twitter. Second, because any system that doesnt use or promote open standards tends to lose the game to, well, standards that are open. An XMPP PubSub will be well into being a Twitter-killer.

But Twitter will fail especially because it became and is becoming a tragedy of the commons. Like Clay Shirky said, “a group is its own worst enemy”. And a CMC system that doesnt provide for 1) investment in user handles; 2) members in good standing; 3) barriers to entry in participation; and 4) sparing the user from scale; will be doomed to failure, just like Usenet. And Twitter fails miserably at numbers 3 and 4. And any attempt to deal with number 1 (like the verified user strategy) just wont scale.

Since Twitter publishing is so friction free, it has become a worlwide chatter that only provides for gigantic but useless sensationalist trends. Atributing to Twitter the qualities of a “wisdom of crowds” phenomenon is a huge mistake: for wisdom to be extracted out of a crowd you must have a critical number of informed, intelligent members. Otherwise the crowd is basically an echo chamber of ignorance.

And it will only get worse. As newbie users come into the system, the problems will compound. As more users get into the system, more spammers are getting into the system. Trying to deal with the scale of the firehose using hashtags will be useless since those will start to get hijacked by said spammers. Just wait until you try to find what kind of netbook to buy for your wife at Xmas and you get overwhelmed by @replies, direct messages, hashtag hijacking and DM messages.

The only way for users to save themselves from the deluge will be to go private. Which will defeat the idea of Twitter itself and of it being representative of a wired collective voice. Indeed, that formation of private self-defined groups of trusted friends, connections and sources will be the signal of the coming fragmentation and decentralization of Twitter. And of its fall.

When you cant make out of the crowd who is Moses and who is Jim Jones either the value of the networked crowd goes to zero or the 12 tribes will get split. And a new “religion” is sure to end the Twitter consensual hallucination.

(in reply and based on the NYTimes “Why Twitter Will Endure” article)


27
Feb 10

As Escolhas do MV (XX)

Ora então esta semana a casa recomenda:

Bom apetite.


25
Feb 10

Capex e Opex nos Gastos do Estado

Há dois termos importantes na gestão das empresas: Capex e Opex.

O Opex é aquilo que a empresa tem de gastar, mês a mês (vezes 12), para poder funcionar: pagar os salários, a água e a luz, a limpeza, o contabilista, etc.

O Capex é aquilo que era bom a empresa poder gastar: uma nova fotocopiadora, um BMW novo para o gerente comercial, pintar de novo o armazém, etc. É onde se corta primeiro quando não há guito.

No orçamento Silva o Opex seriam coisas como a renda ou a prestação da casa, a escola dos putos, a água e a luz, etc. O Capex seria uma nova TV LCD, um novo carro, prendas de Natal para a família toda, uma trupe de palhaços para a festa de aniversário do mais novo, etc.

Os dinheiros que o Estado gasta também têm esta divisão: o Opex chama-se Orçamento de Estado (OE) e o Capex chama-se PIDDAC (mapas anexos ao OE).

O Opex é aquilo que tem mesmo de se gastar. O Capex é aquilo que dava jeito gastar. Forma de em 2010 (e 2011; e…) cortar uns valentes pontos percentuais nos gastos do Estado: cortar com os gastos do PIDDAC. Todos. A direito. Sem contemplações. Não há dinheiro não há palhaços.


21
Feb 10

As Escolhas do MV (XIX)

Aos poucos a ver se consigo voltar a fazer isto às 6as feiras:

  • aqui há uns dias alguém perguntava sobre se havia alguma alternativa ao del.icio.us, aquele que já foi o melhor serviço para guardar e partilhar bookmarks. Embora ainda mantenha a minha conta no delicious (vá, vão lá roubar links), tenho estado a migrar os meus bookmarks para o Pinboard.in, que foi o serviço que sugeri para substituir o delicious. É pago (no business model que advogo há muito tempo de “onetime/lifetime” payment; não percebo porque não há mais serviços a usá-lo), mas vale a pena. O ter um pagamento para se entrar garante que a taxa de estúpidos é menor e que a qualidade dos links partilhados é maior. Os meus bookmarks estão aqui.
  • querem deixar de andar a apanhar arroz, apresentar um projecto à Seed Capital para uma startup, mas não têm ideias? Run, dont walk, to the nearest lazyweb spot.
  • não sou grande fã de Eric Clapton, mas apanhei no Youtube uma música dele que a minha banda costumava tocar, de seu nome Bad Love. Não me perguntem porquê, mas esta musica (e video) fizeram-me lembrar outra que não tem nada a ver e que está na minha playlist dos 80s: “Cuddly Toy” dos Roachford. Fica a referência, quanto mais não seja serve como contraponto, para eu não ficar por aí com imagem de intelectualóide de esquerda liberal.
  • acabei de ler o “Case for Christ”, referido nas últimas escolhas. Se fosse mais tendencioso não dava para ter o livro na estante que empurrava os outros todos. Enfim, é bom saber que os argumentos são fracos. Comecei e acabei de ler o “Enders Game”, sendo que já tinha lido há uns tempos o “Enders Shadow” (supostamente para ler depois). Boa ficção científica, nada demais, já li bem melhor. É muito estilo “Star Wars meets Galactica” para o meu gosto. Ide ler qualquer coisa do Richard Morgan que ficam melhor servidos.
  • eu vou repetir: não, as minhas opções políticas não são de extrema direita. E se fossem, seriam tão legítimas como as de extrema esquerda. Ao contrário da esquizofrenia moral da esquerda e da direita, eu sou individualista tanto no plano económico como no plano social: sou contra a existência de um salário mínimo mas sou a favor da liberalização das drogas; sou a favor de impostos baixos mas sou contra o fundo de desemprego; sou a favor do aborto mas em contrapartida sou a favor da privatização da saúde. Sou minarquista a caminho de anarco-capitalista. Mas vivia bem com uma autocracia liberal tipo Hong Kong.

And now, Elvis has left the building…