Conheço o Manuel Forjaz já vai para mais de 15 anos.
Em 93 ou 94 ele era director de marketing administrador da Bertrand. Eu e a Cristina tinhamos acabado de casar e a Cristina, embora tendo uma licenciatura em Design de Moda e uma empresa de moda (que não dava dinheiro), resolveu voltar a estudar e fazer a licenciatura em Design Gráfico (toma lá geração à rasca). Entre as aulas e a vida familiar, começou também a trabalhar como freelancer (apanha geração à rasca) e acabou por começar a trabalhar para a Bertrand, por intermédio do Manuel Forjaz. Um ano ou dois mais tarde transformou esse freelancing na Ruido Visual, empresa que ainda hoje está no activo (aguenta e não chora geração à rasca).
Eu, por meu lado, durante 1993 e 1994 era um mero bolseiro investigador no LNEC, a caminho de funcionário público portanto. Ganhava, salvo erro 112.000$ (pouco mais de 500€; sim, também eu fui um “quinhentoseurista”, encaixa geração à rasca). O que, para além de alguns trabalhos da Cristina, era o que tinhamos para viver. Isso não me impediu de, em 1994, estar em frente ao precipicio, dar um passo em frente e começar a Esoterica (vai buscar geração à rasca), pouco tempo antes da Cristina começar a Ruido Visual.
Por via do trabalho que a Cristina fazia para a Bertrand, e sabendo do que eu (Esoterica) estava a fazer, o Manuel Forjaz pediu para falar comigo. A Bertrand ia lançar um evento, chamado “Livros no Chiado”, e queria que o assunto Internet estivesse presente. Para isso ia ter postos de acesso à Internet públicos, geridos e montados pela Telepac (e a vender Netpacs), entre outras iniciativas.
Ora acontece que a Bertrand não tinha website. Isto apesar de ter pedido a construção do mesmo à Telepac, que não tinha tempo ou mãozinhas e mandava tudo para a Tinta Invisivel. O Manuel Forjaz e a Bertrand pediram por isso que construissemos o site da Bertrand. “Sim senhor, vamos a isso”. Levantamento de requisitos, protótipos, design, etc e tal, incluido uma coisa inaudita em Portugal (na altura) que era funcionalidades de loja online, de se poderem comprar livros online à Bertrand.
Dois dias antes do Livros no Chiado (onde é que eu já vi isto), o Manuel Forjaz liga-me para conversarmos. Para encurtar a história, mais uma vez: “eh pá, oh Mário, a Telepac diz que se são vocês a construir o site da Bertrand, acaba com o patrocinio ao Livros no Chiado, não podemos avançar com o site…”
Não avançámos. Se bem me lembro na altura estávamos a construir o site da Unisys e tinhamos mais que fazer. A Bertrand lá foi para o evento com um site manhoso, com meia dúzia de páginas de merda montadas por uma empresa que não era de “vão de escada” (um dia conto mais sobre esta) mas que por outro lado se comportava como um bando de mafiosos.
Tinta Invisivel outra marca grande :) com orgulho que fiz parte da equipa :) e foi nela que tive o prazer de ainda trabalhar contigo (nao directamente) na ONI :)
Cada vez entendo melhor o pó que tens à PT!
E ainda não acabou. Espera pela história em q eu fui julgado com risco de 3 anos de prisão.
— MV
Sobre o assunto principal do post não tenho muito a dizer. Obviamente que é chato perder assim um projecto, mas (in?)felizmente o mercado às vezes tem destas coisas. E quem tem o dinheiro é que manda.
Relativamente às bocas à “geração à rasca”, dá ideia que a situação o ultrapassa completamente e não consegue (quer?) entender a contestação. Ou então é para dar um ar de superioridade sobre as outras pessoas.
Por fim deixo um comentário como Web Developer: Na barra lateral o separador Status não está a conter muito bem o texto quando este contém links.
>Relativamente às bocas à “geração à rasca”, dá ideia
>que a situação o ultrapassa completamente e não consegue
> (quer?) entender a contestação.
>
A situacao nao me ultrapassa. Mas de facto não consigo nem quero entender. Não entendo nem consigo entender o culto do facilitismo e da mediania.
>Ou então é para dar um ar de superioridade sobre as outras >pessoas.
>
Não é para dar um ar…. Eu (e outros) somos superiores às pessoas que gostam do facilitismo, que exigem beneficiar da riqueza que outros produzem e que primam pela mediania. Somos superiores porque fazemos; não andamos a chorar a exigir.
— MV
Reclamar do que se acha que está mal não é cultivar o facilitismo e a mediania. Exigir os seus direitos não é chorar e não é errado, pensar isso é abdicar de princípios fundamentais da vida em Sociedade, pelo menos como eu a vejo.
Exigir, reivindicar e reclamar pelos direitos não quer dizer contudo que se esqueçam os deveres, mas pelo menos fico contente de ver alguma actividade. Pode ser este um primeiro passo para que as pessoas se debrucem sobre os problemas e trabalhem para gerar ideias e alternativas que permitam ultrapassar os problemas do nosso País.
Obviamente que se você (e outros) fazem coisas (esperando eu que se refira a coisas que valham a pena) são superiores a pessoas que apoiam o facilitismo. A sua assunção generalista é que eu acho que não faz sentido e me faz olhar com desdém para o seu post.
Repito que acho, ou quero acreditar, que a manifestação do passado sábado foi um passo em frente para melhorar o nosso País. Vamos a ver como as coisas evoluem e se calhar um dia poderá considerar que as pessoas que se juntaram (a um Sábado veja-se lá os mandriões) estavam a fazer alguma coisa pelo País em que vive.
Cantar do alto da burra não é bonito Senhor M. Valente.
>Reclamar do que se acha que está mal não é cultivar o
>facilitismo e a mediania
>
É. Se só se reclama e não se faz nada ou não se apresentam soluções.
>Exigir os seus direitos não é chorar e não é errado,
>
É se se confundem direitos com garantias.
>pensar isso é abdicar de princípios fundamentais da
>vida em Sociedade, pelo menos como eu a vejo.
>
Pois, mas eu não a vejo da mesma maneira uma vez que
não sou socialista. Exigir direitos da “sociedade”, se isso
implica ficar à espera q as coisas apareçam vindas dos
impostos q eu pago, é chorar.
>me faz olhar com desdém para o seu post.
>
Temos pena. Não é obrigado a ler.
>Repito que acho, ou quero acreditar, que a manifestação do passado
> sábado foi um passo em frente para melhorar o nosso País.
>
Não foi. Antes fosse. Foi mais uma manifestação a reclamar mais Estado
e mais socialismo pelas pessoas que há 35 anos votam em mais Estado e
mais socialismo. Tem estado a resultar? Não.
>Cantar do alto da burra não é bonito Senhor M. Valente.
>
Permita-me discordar. Se estou no alto da burra tenho todo o direito
a cantar. E se na sua moral isso “não é bonito”, na minha moral é
mais do que bonito, é uma obrigação. Arrogante? Sim, também tenho
o direito de arrogar a mim o mérito do que fiz, tenho feito e faço. Não me
vou por a chorar à espera que a sociedade reconheça os meus méritos.
— MV
>Reclamar do que se acha que está mal não é cultivar o
>facilitismo e a mediania
>
#É. Se só se reclama e não se faz nada ou não se apresentam
# soluções.
Verdade. Mas tem que se começar por algum lado. Prefiro uma manifestação do que um povo adormecido aceitando silenciosamente que tudo desfaça à sua volta. (Obviamente que isso não passa só por reclamar, já o disse)
>Exigir os seus direitos não é chorar e não é errado,
>
# É se se confundem direitos com garantias.
Verdade. Lá está você outra vez a generalizar.
>pensar isso é abdicar de princípios fundamentais da
>vida em Sociedade, pelo menos como eu a vejo.
>
# Pois, mas eu não a vejo da mesma maneira uma vez que
# não sou socialista. Exigir direitos da “sociedade”, se isso
# implica ficar à espera q as coisas apareçam vindas dos
# impostos q eu pago, é chorar.
Se as pessoas pagam os seus impostos têm todo o direito de exigir que eles sejam bem aplicados e que contribuam para o bem estar geral. É para isso que eles servem.
>me faz olhar com desdém para o seu post.
>
#Temos pena. Não é obrigado a ler.
Peço desculpa por o ter feito preocupar-se comigo, mas não precisa de ter pena de mim que eu estou bem obrigado. O “problema” da leitura é que quando nos apercebemos de que um texto é mau já não vamos a tempo de o não ler.
>Repito que acho, ou quero acreditar, que a manifestação do passado
> sábado foi um passo em frente para melhorar o nosso País.
>
#Não foi. Antes fosse. Foi mais uma manifestação a reclamar
#mais Estado
#e mais socialismo pelas pessoas que há 35 anos votam em #mais Estado e
#mais socialismo. Tem estado a resultar? Não.
Se calhar viu só o que lhe interessa. =) Eu conheço pessoas bem diferentes que foram à manifestação e que concordavam com ela. Há tanta coisa que está mal que não é difícil agradar tanto à direita como à esquerda.
>Cantar do alto da burra não é bonito Senhor M. Valente.
>
#Permita-me discordar. Se estou no alto da burra tenho todo o
#direito
#a cantar. E se na sua moral isso “não é bonito”, na minha
#moral é
#mais do que bonito, é uma obrigação. Arrogante? Sim,
#também tenho
#o direito de arrogar a mim o mérito do que fiz, tenho feito e
#faço. Não me
#vou por a chorar à espera que a sociedade reconheça os
#meus méritos.
Não me devo ter explicado bem. A burra na minha frase não era o seu mérito, pois é algo de que nada sei, era só e apenas a sua arrogância de se colocar numa posição superior porque fez algo. E acho feio, se calhar porque não faço a mínima ideia do que fez.
Eu hoje de manhã fiz a cama antes de vir trabalhar. Venha a mim um pouco desse mérito.
#— MV
Mas resumindo a minha intervenção:
Não concordo com a sua opinião. =)
Um bem haja.
>era só e apenas a sua arrogância de se colocar numa
>posição superior porque fez algo.
>
Eu estou numa posição superior porque já fiz “algo” e arrogo-me
o direito de o referir sem falsas modestias.
>e calhar porque não faço a mínima ideia do que fez.
>
http://www.linkedin.com/in/mvalente
http://goo.gl/wq7K5
http://arundel.wordpress.com/2007/04/08/o-triunfo-dos-geeks-nacional/
http://mvalente.eu/2009/10/20/empreendedor-voluntario-a-forca/
http://mvalente.eu/2009/03/12/servir-na-administracao-publica/
>Eu hoje de manhã fiz a cama antes de vir trabalhar.
>
Não devia. Tinha antes feito uma manifestação a reclamar
o direito a ter a cama feita. O Estado criava o Instituto das
Empregadas Domesticas, dando assim emprego a muita gente,
e garantia um serviço social de cama feita, mas que era pago
por mim.
— MV
Agora já sei algumas coisas que fez. Parabéns. =) Contínuo é sem ver motivos para ser arrogante. Não lhe fica nada bem. Mas quem sou eu para o avaliar.
>Não devia. Tinha antes feito uma manifestação a reclamar
>o direito a ter a cama feita. O Estado criava o Instituto das
>Empregadas Domesticas, dando assim emprego a muita gente,
>e garantia um serviço social de cama feita, mas que era pago
>por mim.
Se fosse um serviço essencial e fosse de facto para a frente seria pago por si e por todos e toda a gente teria uma empregada e a cama feita todos os dias. Não vejo problema nisso. Claro que depois haveria alternativas privadas com empregadas que para além de fazerem a cama lhe mudavam os lençóis todos os dias. E se vosse quisesse e tivesse possibilidade abdicava da empregada do estado e contratava a outra.
Só que não é um serviço essencial, mas foi uma hipérbole quase perfeita. =)
E é pena os serviços do Estado não serem todos eficientes. Mas isso é um mal que também existe nos Serviços de Privados e não me vê a defender que se acabem com esses. Há que trabalhar para aperfeiçoar a máquina, agilizá-la, torná-la mais justa e mais meritória e responsabilizada.
Tanto no Público como no Privado… pois, infelizmente, eu acho que se não houvesse de todo Estado em Portugal estaríamos bem piores.
Mas são visões diferentes. Pode ser que trabalhem em conjunto. Ying e Yang.
E peço desculpa pelo comentário extra! =)
>Contínuo é sem ver motivos para ser arrogante.
>
Como? Fiz coisas. Posso referir e sublinhar q as fiz. Isso é ser arrogante? Se calhar até é: eu arrogo-me o direito de destacar o q fiz e faço.
>Não lhe fica nada bem.
>
Porquê?
>Se fosse um serviço essencial e fosse de facto para a frente seria pago por si
>
Pois, mas é q eu não quero pagar. Quero ter a minha cama desarrumada,
não preciso q ma arrumem. Há outros q precisam, para os quais isso é
essencial? Porreiro, arranjem-se. Agora eu pagar para muitos terem um qq
serviço “essencial” quando eu não preciso dele e não o quero ter é que me
recuso a engolir.
> e por todos e toda a gente teria uma empregada e a cama feita todos os dias.
Pois, isso é muito bonito. Excepto pelo q explanei acima. Eu não quero a
cama feita. Quero faze-la eu. Ou quero contratar alguem para o fazer. E por
isso nao estou para sustentar aqueles q querem ter a cama feita. Deixem-na
desarrumada; arrumem-na; paguem a alguém para a arrumar; mas não me
roubem a mim. Ou melhor: roubem-me, com o fisco e a policia a apontarem-me
uma arma caso eu nao entregue o dinheiro. Mas não esperem que fique calado
a louvar os que querem viver à custa de dinheiro roubado. Especialmente o meu.
— MV
Era suposto o comentário anterior ter ido como reply ao seu. Peço desculpa pelo lapso.
Fico feliz que não precise de serviços essenciais, espero que seja sempre assim.
Quando à sua arrogância fica-lhe mal por achar que quem precisa de serviços essenciais é ladrão e oportunista.
Por achar isso vá pó caralho!
>Fico feliz que não precise de serviços essenciais,
>espero que seja sempre assim.
>
Não vejo sitio nenhum onde eu dissesse q nao precise de serviços
essenciais. Quero é ser eu a definir quais são. E não quero ter de
suportar o q os outros acham que é essencial.
>Quando à sua arrogância fica-lhe mal por achar que quem
>precisa de serviços essenciais é ladrão e oportunista.
>
Mais uma vez está a por palavras na minha boca que eu não
disse. Quem acha que determinados serviços lhe são essenciais
mas espera que seja eu a pagar por eles é ladrão e oportunista. É
bastante diferente.
>Por achar isso vá pó caralho!
>
Nada como um argumento racional e sustentado.
— MV
O que eu disse “Se fosse um serviço essencial e fosse de facto para a frente seria pago por si e por todos e toda a gente teria uma empregada e a cama feita todos os dias. ” (A chave é o ‘se fosse um serviço essencial’)
O que aleijou na sua resposta: “Agora eu pagar para muitos terem um qq
serviço “essencial” quando eu não preciso dele e não o quero ter é que me recuso a engolir.”
As chaves são: “para muitos terem um QUALQUER serviço “essencial””; “quando EU não preciso dele”.
“Não foi. Antes fosse. Foi mais uma manifestação a reclamar mais Estado
e mais socialismo pelas pessoas que há 35 anos votam em mais Estado e
mais socialismo. Tem estado a resultar? Não.”
HAHA: rio, porque isso só pode ser comédia…
O PS ou o PSD sao socialistas? Desde quando?!?
Tenta vender essa à malta do BE (que se dizem socialistas), e vais à bancarrota enquanto o diabo esfrega o olho.
Já agora, antes que passe em branco: ganhar 100 contos por mes na altura em que o pao custa 12 escudos (6 centimos) é de facto ganhar 500€ por mes.
Mas comparar isso com quem ganha 500€ por mes mas paga 12 centimos por pao… é um bocado desleal e demagogo – para nao usar palavras [muito] mais fortes.
Tenhamos tino, sim?
Ou pegando por outra ponta: ganhar 500€ por mes por 40 horas de trabalho semanais, deixa tempo e dinheiro para vida familiar *e* estudos?
É patentear a fórmula, que isso é coisa para dar rios de dinheiro.
10h por dia vao para trabalho, mais 7h para dormir, mais 4h para estudar a meio-gás (no mínimo: 1h de estudo, 2h de aulas, 1h de viagens…), sobram 3h.
Nessas tres horas tem que caber o jantar, a família e mais o que quer que seja preciso fazer nesse dia.
Mas alguém acha que isto é qualidade de vida?
Ou pegando noutra ponta: eu sou um emigrante bem sucedido, mas nem por isso desprezo os emigrantes da classe baixa.
Se este post falasse sobre a amigracao, falava sobre os pretos e os mafiosos da europa de leste e outros… “esses manfios que só veem para cá pedir e roubar”.
Valente nada, este Manuel é um cobarde – nao tem hombridade alguma.
Vou mas é para outras paragens, que por aqui é pregar aos peixes.
>O PS ou o PSD sao socialistas? Desde quando?!?
>
Desde que têm “social/ista” no nome. Desde q defendem nos seus programas
a subjugacao do individuo à sociedade. Desde que defendem o primado da sociedade
sobre o primado do individuo.
>Tenta vender essa à malta do BE (que se dizem socialistas), e vais à bancarrota
>enquanto o diabo esfrega o olho.
>
Bancarrota? Não tou a ver a ligação. Espero q seja só o efeito das drogas.
>Já agora, antes que passe em branco: ganhar 100 contos por mes na altura
> em que o pao custa 12 escudos (6 centimos) é de facto ganhar 500€ por mes.
>Mas comparar isso com quem ganha 500€ por mes mas paga 12 centimos
>por pao… é um bocado desleal e demagogo – para nao usar palavras
> [muito] mais fortes.
>
Um argumento decente de facto. Mas a diferença em nada elimina a validade
do raciocinio.
>Tenhamos tino, sim?
>
Boa tentativa de ataque ad hominem. Como não consigo argumentar contraponho
e dou como adquirido que o interlocutor não tem credibilidade.
Este tipo de argumento só vem de fascistas assassinos…. (tá a ver como funciona
o ataque ad hominem?)
>Ou pegando por outra ponta: ganhar 500€ por mes por 40 horas de trabalho
>semanais, deixa tempo e dinheiro para vida familiar *e* estudos?
>Mas alguém acha que isto é qualidade de vida?
>
Vamos admitir q não é. Sou eu que tenho de pagar pela qualidade de vida dos
outros?
>Se este post falasse sobre a amigracao, falava sobre os pretos e os mafiosos
>da europa de leste e outros… “esses manfios que só veem para cá pedir e roubar”.
>
Lá está: mais um belo de um argumento intelectualmente desonesto uma vez que
tenta um ataque ad hominem (“racista”) através da associação a um assunto
completamente irrelevante para o q está em discussão e que tenta colocar na voz
do interlocutor coisas q ele não disse.
E q neste caso cai por terra completamente quando confrontado com a realidade: é
que alguns dos meus melhores amigos são indianos e muçulnamos, a minha irmã
casou com um deles pelo que tenho sobrinhos de outras raças e religiões.
É fodido quando um argumento de merda é completamente desmascarado e
invalidado, não é?
>Valente nada, este Manuel é um cobarde – nao tem hombridade alguma.
>
É Mário, não Manuel. Enganaste-te no nome Alfredo.
Quanto à cobardia e hombridade: tens algum argumento para suportar os
epítetos? É que eu não gosto de discutir com filhos da puta sem honestidade
nenhuma.
(Cá está o uso de um ataque ad hominem para contrapor sem argumentar; da
mesma maneira q eu não posso contrapor à cobardia/hombridade, fica tb
agora do teu lado demonstrares que não és um bastardo desonesto)
>Vou mas é para outras paragens, que por aqui é pregar aos peixes.
>
Adeus, não batas com a porta e não tropeces no degrau.
— MV
http://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo :
“Socialismo refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização económica advogando a propriedade pública ou colectiva e administração dos meios de produção e distribuição de bens e de uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos com um método mais igualitário de compensação.”
Privatizacoes, liberalizacao do mercado de trabalho, cortes no Estado Social, etc – PS e PSD nao sao socialistas.
Ter socialista no nome nao quer dizer que se seja socialista:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ministry_of_Peace
Se tiveres um modelo de negócio que consista em vender algo, e nao venderes, vais à bancarrota.
É a selva económica – nao tem nada a ver com o uso de drogas. (Nao bebo, nao fumo, e tenho horror a seringas – mas isto nao vem ao caso.)
Quando disse “tenhamos tino”, quis dizer que viver com 100contos por mes nao é comparavel a viver com 500 – é até argumentável que é o dobro… e por isso nao me parece sensato dizer-se “eu consegui – essa malta que deixe de chorar e vá mas é trabalhar”.
Nao acho que “tenhamos tino” seja um argumento ad hominem, acho que é uma crítica a estares a fazer um papel estereotipado e a seguir uma linha de argumentacao falaciosa.
Ad hominem seria dizer que argumentas como o Hitler (Godwin’s law!), que nao sabes escrever, ou algo deste género. Se fui por aí, nao foi propositado e merdei. (Admito que nao andei longe…)
“>Mas alguém acha que isto é qualidade de vida?
Vamos admitir q não é. Sou eu que tenho de pagar pela qualidade de vida dos
outros? ”
Na minha opiniao, sim: devemos pagar pela de todos, a nossa e a dos outros.
Se eu nao tiver emprego, espero que o Estado me ampare. Se eu estiver doente, espero que o Estado me de hospital. Se eu tiver fome, espero que o Estado me alimente.
Se nao tiver nenhum destes problemas, pago os meus impostos na mesma.
E quando os tenho, nao pago mais impostos.
Sim, é nisto que acredito – e digo-o enquanto pessoa saudável e com emprego seguro e bem pago, pelo que nao estou a puxar a brasa à minha sardinha.
“argumento intelectualmente desonesto uma vez que tenta (…) associação a um assunto completamente irrelevante para o q está em discussão e que tenta colocar na voz do interlocutor coisas q ele não disse.”
Discordo disto.
No meu entender a questao da imigracao é uma questao de desigualdade de forças, em que a parte forte oprime a fraca e a estereotipa negativamente.
Do meu ponto de vista, a questao da precariedade e da estabilidade de emprego da “geraçao à rasca” é semelhante – a parte forte oprime a fraca e estereotipa-a negativamente, com uma quantidade absurda de gente a “ir na cantiga”.
A emigracao, a precariedade laboral, o feminismo… sao tudo coisas diferentes mas fortemente relacionadas, no sentido que sao lutas pela igualdade e justiça.
Pelos vistos discordas, mas isso nao faz com que, para mim, os assuntos deixem de estar intimamente interligados.
“É fodido quando um argumento de merda é completamente desmascarado e invalidado, não é?”
Fodido nao, justo.
Mas nao acho que tenha acontecido.
“É Mário, não Manuel. Enganaste-te no nome Alfredo.”
Ups!
Devo-me ter enganado por causa do Manuel Forjaz, perdao.
“Quanto à cobardia e hombridade: tens algum argumento para suportar os
epítetos?”
Tenho.
A mim parece-me que nao estás mal na vida, e por isso sentes-te no direito de mandar postas sobre os que estao serem um bando de mamoes preguicosos.
Nao estou a dizer que nao te tenhas puxado para uma boa posicao a suor e sangue.
Mas digo que o teu argumento soa a “nao quero pagar segurança social, pago o meu proprio médico” – que é muito bonito do ponto de vista do indivíduo saudável, mas horrível do ponto de vista de alguém com problemas de saúde.
Encaixas no estereotipo da “direita”, e etiquetei-te como tal.
Foi se calhar injusto, mas nao me pareces alguém que se preocupe com a justeza das causas.
O post até era um bom post, não havia necessidade de transformarem isto no muro das lamentações.
De facto este é o País onde se tem orgulho de se ser dependente do Estado, mas onde ter orgulho de não depender dele é visto como algo anormal.
Gente tão moderninha e cheia de gadgets, mas afinal ainda continuam com os conceitos antigos de que é pecado nos orgulharmos do que fizemos e conquistámos. Nos Países menos evoluídos é de facto assim… É pecado!
São de certeza os habituais anti-Mourinho, anti-CR7 e anti qualquer Português que tenha sucesso. Porque afinal de contas isso é pecado.
O autor deste post, assim como eu (a Cristina), muito à rasca andámos durante anos a fio com a situação em cima descrita.
Casados, com contas para pagar, ele “quinhentista”e eu freelancer a fazer 2º curso. Subsídios? Apoios? Empregos para vida? Salários garantidos? Nunca tivemos e nem nos lembrámos deles, porque temos um cérebro e duas mãozinhas para trabalhar e sempre achámos que a condição à rasca era um optimo argumento para nos desenrascarmos.
Pena que hoje a maioria não pense assim…
Ana Cristina
És uma fascista neoliberal, membro do patronato a soldo dos senhores do grande capital.
— MV
O que me choca nesta cena toda é a vossa generalização de que toda a gente que reclama o faz porque é ladrão e oportunista e mediano e aproveitador, que se quer aproveitar do vosso “mérito”.
Eu também tenho feito pela vida e acho que me posso dar por feliz e contente por estar bem da vida e sem dificuldades, ainda que longe da minha família. Mas isso não me dá qualquer direito de achar que os outros são todos estúpidos, que os que passam dificuldades as passam porque querem e porque estão é à espera que alguém lhes vá limpar o rabinho.
É essa arrogância é esse alto da burra que me faz ficar nervoso e ter vontade de mandar o Senhor Mário para o caralho.
Reduzir o descontentamento de tanta gente a facilitismo e mediania é, numa palavra, rídiculo .
O terem sucedido é louvável.
O terem sucedido nao tira razao à luta dos “enrascados”.
E nao precisava de ter sido tao difícil… nao achas isso importante?
Eu acho.
E pronto! Quando a argumentação termina assim, nada mais há a dizer. É a saída clássica…