02
Jul 13

RSS News Reading in Google Plus

google-plus-rss Like many people out there I was a very intensive user of Google Reader. And so, for the past couple of months, I’ve been looking at alternatives to Google Reader, taking into account that the Google Reader service would be closed on the 1st of July (yesterday).

Like some people out there, I think that Google will eventually morph Reader into Google Plus Pages, making an April Fool’s joke come true. While they dont do that on their own, you can try out if this alternative would work out for you.

One of the alternatives I explored to replace Google Reader was precisely that: feeding RSS feeds into a Google Page. You can do this with a bunch of tools like Hootsuite, Dlvr.it, or IFTTT. I dont know if our past investment Tarpipe allows for that through its Cloudwork reincarnation.

Anyways… I used Hootsuite to crosspost my Alltop RSS feed to a Google Page test. Although I have been using Feedly to do my RSS newsreading, from time to time I check up on the Google Page and I’m getting more and more used to it. I was particularly surprised to see some people subscribing to it and +1 some items since I didnt talk about it anywhere.

You can check out the resulting RSS feed to Google Page test here.

By messing with you page zoom level you can get it to look somewhat like this:

Screenshot from 2013-07-02 23:49:02


29
May 13

The Real Marillion Covers

Just for my future reference…

 

SCRIPT

FUGAZIMISPLACED

CURTAIN CALL

 

RETURN

fool


08
Apr 13

Aumentar Salários é Inconstitucional

 Eu chumbei 2 vezes a Finanças, tive 12 (ou 13) a Economia Aplicada; em contrapartida tive 17 a Macroeconomia, nota dada apesar de ter declarado ao prof. Cavaco Silva que discordava dele, que é um Keynesiano, e q eu era e sou Hayekiano.

(um aparte: uma vez, depois de uma pergunta minha, o prof. Cavaco Silva perguntou se eu era comunista…. go figure)

De qq forma, apesar da minha ignorancia acima assumida, sigam lá o meu raciocínio:

  • vamos imaginar que os preços subiam 10%. Por exemplo, subiam 10% por causa de uma subida de impostos. O resultado imediato é que todo e qualquer português assalariado perdia 10% do poder de compra
  • ora perder 10% do poder de compra é exactamento o mesmo que perder 10% do salário…
  • agora vamos imaginar que, depois dos preços subirem 10%, os privados aumentavam os salários em 10% mas o Estado não aumentava os funcionários públicos. O resultado era que os empregados do privado mantinham o seu poder de compra e os funcionários públicos perdiam 10% do poder de compra
  • o que era equivalente a perderem 10% do salário

O que é que os juízes do Tribunal Constitucional faziam? Impediam os privados de subir os preços? Declaravam que era inconstitucional os privados aumentarem os salários? Declaravam que era inconstitucional o Estado não aumentar os salários? Ou pediam ao Scotty para serem teletransportados para uma realidade alternativa?


08
Jan 13

Se a Estupidez Pagasse Imposto…

… não era preciso subir impostos porque estes burros davam conta do deficit e da dívida.

“Regresso do IVA da restauração aos 13%” – sim, boa ideia! Vamos deitar fora quase 10% da receita necessária para pagar a dívida num serviço que não é necessidade primária. E pelo caminho induzimos também as pessoas a gastar mais e a poupar menos. E financiar botecos que apenas sobrevivem porque têm rendas baixas, evitam os impostos ao não passarem factura.

“Recuperar o imposto sobre heranças” – brilhante! Vamos lixar a grande maioria dos portugueses e acrescentar à dor de perder um familiar a dor de ser roubado pelo Estado nos poucos bens que o familiar pôde deixar de herança. Mas assim podemos dizer que estamos a lixar os ricos. Independentemente do valor que seria obtido ser um valor marginal cobrado a uma franja da população, os “ricos”. Só que o Zé Povinho não percebe até levar a ripada mais tarde.

“Impostos de 0.3% sobre valores mobiliários” – wow! Vamos por mais impostos em cima da malta da classe média que tem umas acçõezitas da PT, da Sonae… Mas, mais uma vez, podemos dizer que é um imposto para os “ricos”.

“Agravar TSU para empresas que se deslocalizem” – é isso! Vamos pegar nas empresas que já pusemos de gatas com tantos impostos e taxas e cobrar-lhes ainda mais. Assim esses “ricos” morrem de certeza. E sempre os incentivamos a deslocalizarem-se de vez.

“Impostos sobre Obrigações do Tesouro” – nem mais! Vamos cobrar mais impostos a quem emprestou ao Estado comprando as obrigações. Ficamos com menos dinheiro porque menos pessoas irão emprestar ao Estado comprando obrigações. Em particular as grandes organizações de investimento (por exemplo os fundos de segurança social dos outros países): vamos dizer-lhes para nos deixarem de comprar milhões em Obrigações do Tesouro.

“Criar uma taxa para produtores de electricidade” – sim! Vamos fazer com que a electricidade fique mais cara. E ainda dá para cobrar mais impostos a quem instalou painéis solares. E às empresas que investiram em reciclagem e em produção alternativa de energia.

“Limitar juros do crédito ao consumo” – em cheio! Vamos diminuir o número de instituições ainda capazes de emprestar dinheiro. E pelo caminho ainda impedimos uma catrefada de pessoas de poderem de recorrer a empréstimos quando precisam deles.

“Taxação de dividendos sobre as SGPS” – bingo! O que é que essas SGPS que criam e gerem outras empresas querem? Têm de pagar. Cobramos IRC nas empresas detidas pelas SGPS e depois cobramos IRC e taxa de dividendos na SGPS. Se sobrar algum dinheiro, ainda cobramos IRS aos patos que criaram a SGPS e que criaram empresas e empregos.

“Limitar juros da dívida a 2.5% das exportações” – pois claro. Se eu consegui chegar ao banco e dizer-lhes que agora estavam limitados a cobrarem-me no máximo 2.5% do meu salário, porque é que o Estado não há-ser capaz de obrigar os investidores internacionais ao mesmo limite? Têm de pagar pelo privilégio de nos emprestarem dinheiro.

Cambada de estúpidos. E é suposto o Louçã ser economista.


20
Oct 12

A Vitória do Javascript

Há pouco mais de 7 anos atrás, em 2005, comecei a desempenhar funções no Instituto de Tecnologias de Informação na Justiça. Um dos problemas com que nos deparámos de imediato foi a multiplicidade de tecnologias usadas: em sistemas operativos, Windows, Linux, z/OS, AIX e outros; em bases de dados, Oracle, MySQL, MS SQL, DB2 e inclusive Lotus Notes; em termos de linguagens de programação, Cobol, .NET, PHP, Javascript. Uma das prioridades que estabelecemos então foi o tentar diminuir essa multiplicidade.

 

Os casos de sistemas operativos e de bases de dados foram mais fáceis de resolver. O escolher uma linguagem de programação unificada foi mais complicado. O processo de análise que fiz levou-me a concluir que essa linguagem de programação seria o Javascript, embora não fosse essa a escolha final para o ITIJ, por razões organizacionais.

 

Sim, também eu achava que o Javascript era uma linguagem para o frontend, que era fracota, que era lenta, que nunca iria substituir o PHP, o Python ou o Perl no backend. E, no entanto, tudo apontava para que de facto fosse a Next Big Language: a maior base instalada do mundo, desde telemóveis a milhões de websites, o maior número de programadores do mundo, com mais ou menos competência, uma linguagem com familiaridade sintática com o C, e com uma familiaridade de paradigma com as linguagens funcionais como o Lisp ou o Erlang. Note-se: o Javascript não tem rigorosamente nada a ver com Java.

 

Na altura fiz uma apresentação no âmbito do projecto Asterisco onde chegava precisamente a essa conclusão e a encontrar algo que estava esquecido: o Javascript podia ser uma linguagem de backend, substituindo o PHP/Perl/Python. No meio da década de 90 a Netscape chegou a ter uma solução dessas de seu nome Livewire. Começavam também a aparecer algumas implementações de Javascript serverside como o Helma ou o Rhino.

 

A partir dessa altura a utilização do Javascript do lado do servidor começou a aumentar de mês para mês. Em 2008, no Codebits, cheguei a lançar o desafio da criação de um framework web que utilizasse Javascript desde o nivel no sistema do servidor até ao web browser no frontend, tendo referido também a grande oportunidade de negócio que isso representava. De há um ano e meio para cá esse crescimento do Javascript foi notório, para o qual ajudou o aparecimento do Node.js e de múltiplos frameworks de desenvolvimento web.

 

Contra todos os velhos do Restelo, o Javascript transformou-se numa alternativa sólido tanto do lado do servidor como do lado do frontend, estando já a substituir o próprio Flash, quando conjugado com as tecnologias genericamente designadas como HTML5.

 

Mais recentemente tem-se observado um outro fenómeno extremamente relevante: o Javascript está a transformar-se no Assembler da Internet. Neste último ano multiplicaram-se as linguagens que, diferentes do Javascript, são no entanto compiladas para Javascript. Como exemplos refiram-se o Go, o Objective-J, o CoffeeScript, o TypeScript e até o C/C++.

 

Sete anos depois das minhas reflexões, está mais do que claro qual é a Next Big Language: foi o Javascript que ganhou essa guerra.