31
Oct 09

As Escolhas do MV (VIII)

Bem, hoje já é Sábado, desculpem lá. Mas as candidaturas a fundos e as apresentações para as aulas não aparecem feitas sózinhas. Ainda liguei um microfone ao PC e disse “Alô, alô, documento das candidaturas à caixa 5 por favor”, mas não funcionou. Por isso não digam que vão daqui…

  • eu recuso-me a comprar um iPhone (ou um Mac, mas isso é outra história). Admiro muito o Steve Jobs (há muito tempo, desde que ele fazia computadores de jeito), mas recuso-me a entrar no “reality distortion halo” que ele cria ou a entrar na alucinação consensual dos recém convertidos à religião Apple. Mas mais do que isso recuso-me a jogar o jogo de uns gajos que se estão a tornar piores do que a Microsoft. Se a Microsoft aparecesse com um telemóvel que não permitia a instalação de qualquer aplicação que eu desejasse, que apenas instalava aplicações aprovadas por eles, com ferramentas proprietárias que apenas eles produzissem e vendidas numa loja gerida por eles, caía o Carmo e a Trindade. “Bandidos, malandros!”. Para os mesmos “pseudo rebeldes independentes lutadores contra o papão Microsoft” já não há problemas em terem a Apple a pegar-lhes de empurrão e a dar-lhes com o bafo quente no cachaço. Uma cambada de incoerentes morais. A diatribe vem a propósito de qual o próximo telemóvel a comprar. Recuso-me a comprar um iPhone. Andei durante os últimos 5 anos com um Nokia 6820. Muito bom. Mas estava a começar a dar o berro. Quis substitui-lo pela nova versão, o Nokia E70, um telefone a sério, daqueles que têm teclado e tudo, com uma inovação ao nível do interface que são aquelas coisas chamadas… teclas, que até chegam a fazer clique, mas nada feito, muito complicado de arranjar em Portugal. E como tinha pontos dentro do plano da empresa, acabei por ser enganado com um Nokia E71. Para o que é serve, mas quanto mais rápido puder deixar de o usar melhor. Andei bastante tempo apostado em ter um Google phone (na realidade um telemóvel normal com o sistema operativo Android, desenvolvido pelo Google). Mas as várias versões que sairam eram fraquinhas, o sistema lento e os telemóveis também. A minhas escolha foi o Palm Pre: sistema Linux, desenvolvimento em standards (HTML/CSS/JS), porreiro pá. Fiz o pré registo na Expansys. Já não bastavam os vários reports a dizer que o Pre era lento comó caraças ainda por cima esta semana chega o email da Expansys a dizer “ah e tal podemos entregar já mas é um Pre com teclado QWERTZ e não QWERTY, queres esperar por esse?”. Porra!, pois claro que quero, é suposto o quê, passar a fazer de conta que sou alemão? Azar dos azares: esta semana foi um sururu com o novo Motorola Droid. Parece que é bom. O Motorola Cliq também não parece mau, mas tá feito: o que eu quero é um Droid.
  • há para aí muita malta que acredita no bullshit do Calacanis acerca das “zero cost startups”. Daqui do alto da minha arrogância proclamo que o Calacanis me pode beijar o proverbial rabo. É muito fácil inventar ideias “disruptivas” depois de ter sacado 25 ou 30 milhões pela venda da Weblogs à AOL. Se o Calacanis é assim tão visionário, porque é que não começou a Mahalo com zero dólares? Porque é que teve de levantar 16 milhões de dólares para a criar? Só se os 16M forem para dar festas e pagar em gelados à malta que tem de trabalhar à borla para que a startup seja “zero cost”. Enfim, acreditem no que quiserem, mas vale a pena ler o ponto de vista oposto e que não é escrito por nenhum hustler nem nenhum vendedor da banha da cobra.
  • fica um bocado mal dizer que passei a semana outra vez a ouvir maioritariamente o canal Space Channel da DI.fm. Mas é a verdade. Minoritariamente, para fazer boot ao cérebro e para desenjoar, andei a re-ouvir a minha colecção de mashups. A BootieUSA é um bom fornecedor de MP3 do género.
  • a maior parte dos mashups tem só a parte audio. Já há alguns mashups em MP3 que foram aproveitados para fazer o mashup do vídeo. Dois bons exemplos tanto do mashup audio como do mashup video: Detoxic (Britney Spears vs Amy Winehouse) e Pink Wedding (Billy Idol  vs Pink). Isto são bons exemplos. Depois há coisas que são completamente imorais (where is your GOD NOW?!?!)
  • isto de filmes anda fraco. Posso dizer-vos que tenho ali a série do Wind in the Willows e praticamente ainda não lhe pus a vista em cima.
  • de livros também não anda famoso. Também tenho ali para ler o The Willows in Winter que recebi do Bookmooch e tá difícil.
  • a capa do Público da passada 5a feira dia 29/10 resume de forma sintética os últimos 70 anos da governação de Portugal.

E pronto, tá feito.


24
Oct 09

As Escolhas do MV (VII)

Esta semana os vencedores são:

  • tecnologicamente o que mais me chamou a atenção foi uma apresentação sobre, mais uma vez, o uso de Javascript fora do browser e o seu cada vez maior crescimento e afirmação como um sério e potencial concorrente dos habituais PHP, Python, Perl, Ruby, etc. Há cada vez mais implementações de serverside Javascript e um grupo de pessoas a trabalhar para que seja definido um standard (o CommonJS é uma adaptação do CommonLisp)
  • a coisa mais fácil para candidatos a empreendedores é começar uma empresa. Com o Empresa Na Hora e com o Empresa Online dá para fazer isso a partir de casa e estar a “queimar borracha” em três tempos. Também é fácil funcionar durante 2 ou 3 anos (ou 4 ou 5) e gerar dinheiro para pagar as contas. Também é fácil ter um hit nas mãos, vender e ficar rico. Difícil, difícil mesmo é quando se tem de fechar uma empresa. Ter de despedir pessoas. Ter de dizer a amigos que não dá para continuar. Ter de enfrentar o falhanço, não só pessoalmente mas também face a família, amigos, conhecidos, fornecedores, clientes, concorrentes, etc. Podia dizer até que ninguém é verdadeiramente empreendedor se ainda não passou por essa tribulação. Por isso, antes de chegar a essa situação (ou para quem está nela), é bom ter uma ideia de quando fechar uma empresa e de como fechar uma empresa. Tinham-me dado jeito há uns anos atrás.
  • mais uma semana a trabalhar em documentos e a “martelar” (agora não se pode dizer hacking) algumas tecnologias para ver o que é possível fazer e o que pode dar em negócios. Portanto mais uma semana a ouvir Ambient Music (sim, eu; hard rock e heavy metal consumer; sou um tipo ecléctico o que querem; é por isso que está lá em cima “heavy mental”, geddit? ). Foi uma oportunidade para relembrar um dos meus preferidos, Ulrich Schnauss. O álbum “Far Away Trains Passing By” é brilhante. Vão lá ouvir duas das músicas (Between Us and Them e Passing By) e depois digam qualquer coisinha… É que até o Axl Rose (Guns n Roses) deu uma de Coldplay e plagiou o gajo.
  • uma das bandas de hard rock mais desconhecidas e menosprezadas são os Blue Murder. O David Coverdale despediu o John Sykes, o guitarrista que lhe escreveu quase todas as músicas do “1987” (um dos álbums mais bem sucedidos) e vai daí o John Sykes pegou nas músicas que já tinha para o novo álbum de Whitesnake, formou os Blue Murder e editou o 1º álbum entitulado Blue Murder. Fica o link para o vídeo da música “Valley of the Kings”. “Cry if you must but die you will” é Shakespeare puro…
  • como o Halloween está aí à porta, revejam o filme que deu azo ao “Thriller” de Michael Jackson: “An American Werewolf in London” (lets look at the traila)
  • esta semana li o “A Killing in Venture Capital”. É mau, mau, mau que até doi. É mais fraquinho do que o último dos Metallica. O que vale é que não o comprei…
  • novo Governo, novo Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. Alguém desempoeirado e que percebe o valor das Tecnologias de Informação, mais próximo dos sítios onde se decidem as coisas. Agora é que vem aí o Plano Tecnológico a sério. Digo eu. Trabalhei com ele e sob a sua tutela, mas sou insuspeito: não tenho relação nenhuma com nenhum partido nem pretendo ter.

E assim acontece.


19
Oct 09

Untitled

Eu acredito e tenho fé que na órbita de Marte há uma chaleira com gatinhos bebés dentro. Alguém me consegue provar que *NÃO* existe? Então é porque existe… Esta é a lógica irracional da fé: é impossivel provar o contrário da crença e portanto conclui-se que a crença é verdade.

Quanto aos dizeres da Biblia: eu já li a Biblia. Duas vezes, uma em Português e outra em Inglês. Da mesma maneira que li o Alcorão. Ainda não consegui chegar à Torah. Mas não sou nem crente, nem cristão nem religioso. Sou capaz de saber mais sobre a Biblia do que muito rato de igreja. E de facto contém uma série de barbaridades. Não me vou dar ao trabalho de as iterar ou reproduzir. Deixo apenas este link: http://unixgirl.com/humor/bible1.html

PS – Ah!..e não gosto do Saramago: escreve mal e é comunista. Mas concordo com ele.


17
Oct 09

As Escolhas do MV (VI)

Acho que o post das escolhas vai ter de passar a ser aos Sábados em vez de às Sextas, não há condições… Bem, destaques desta semana:

  • falando de tecnologia vou voltar a bater na mesma tecla: quem diz que o Flash nunca será substituido está redondamente enganado. Ultimamente o uso de Javascript, de AJAX e das animações do DOM têm vindo a permitir uma série desenvolvimentos que eram inconcebíveis há uns tempos atrás. Com a introdução do HTML5 e de tags como o CANVAS, as possibilidades de uso de standards para desenvolver aplicações web mais interactivas têm vindo a aumentar. É também o caso da tag AUDIO: em conjunto com as restantes possibilidades do HTML5 e do Javascript, dá para fazer coisas engraçadas como o Javascript Audio Interface. E mais virá.
  • para entrepreneurs e startups o meu destaque é uma descarada e desenvergonhada autopromoção: no fim da semana passada finalmente ficou tudo legalmente estabelecido e as operações da Maverick e da SeedCapital puderam arrancar. A Maverick é uma empresa criada por mim para iniciativas na área do empreendedorismo. Foi esta empresa que, na minha pessoa, juntou um conjunto de investidores privados na SeedCapital, cujo objectivo é investir meio milhão de Euro em 10 a 15 empresas (startups) no espaço de 3 anos. A Maverick (em particular eu no papel de Entrepreneur in Residence) fará a gestão do fundo SeedCapital, selecionando projectos e metendo a mão na massa. Como já tinha dito antes, espero ter com que me entreter durante os próximos 10 anos.
  • se me querem por a falar de música e de trivia musical é falarem-me de One Hit Wonders: aquelas músicas que foram Nº1 nos tops, feitas por bandas que depois nunca mais fizeram nada e nunca mais ninguém ouviu falar. Quem é que se lembra da música e dos gajos da Macarena? Eu já tinha uma colecção com os Top 100 One Hit Wonders do VH1, mas esta semana foi mais especializado: os Top 100 One Hit Wonders of the 80s. Ide ver. É um fartote. E ouvi dizer que há por aí sitios onde se encontram os MP3 todos para download, mas eu não percebo nada desses assuntos.
  • uma das minhas bandas favoritas são os Rush. Uma banda de 3 gajos que tem o melhor baixista do mundo e o melhor baterista do mundo (e o guitarrista, não sendo o maior também não é nada de se deitar fora) só pode ser boa. Achei piada a este remake de uma das músicas deles (“Mission”) porque é feita através da colaboração de 4 ou 5 músicos que não se conhecem pessoalmente e que trabalharam no tema através da Internet.
  • esta semana não há filmes outra vez. Fica mais um link para um dos meus filmes preferidos, o L’aventure cest L’aventure. Devo ter visto isto no cinema umas 10x (o dono do cinema era pai de um grande amigo meu). Tenho o DVD mas já não dá para o ver mais porque já sei as deixas todas de cor.
  • esta semana terminei de ler o “Robots and Empire” de Isaac Asimov. Ficção científica, para quem não sabe. Há já uns anos que li (e já reli 2 ou 3 vezes) a série Foundation (também do Asimov) mas não sei porquê a cena e a série dos Robots nunca me tinha mobilizado para a leitura. Agora ando a pegar nas peças. Como ando a ler tudo salteado, um dia destes vou ter que reler todos na ordem cronológica da história. O que vai ser uma maçada, sei lá…
  • dizem que já entramos na “recuperação” da crise. Mas o desemprego continua (e vai continuar) a subir. É um dos muitos exemplos que mostram que os Governos estão a repetir nesta crise os mesmos erros que foram feitos na Grande Depressão de 1929. A crise podia ser dura, mas rápida. O socialismo e as intervenções governamentais garantem que ela será menos dura mas que vai durar mais. E até agora, do grande salvador do Mundo e prémio Nobel da Paz não vimos peva de resultados. O deficit dos EUA aumentou e as tropas continuam no mesmo sítio. Mas é bom orador, é o que importa. Ou não.

Tenho dito.


17
Oct 09

A Spirit with a Vision is a Dream with a Mission

Hold your fire —
Keep it burning bright
Hold the flame
til the dream ignites —
A spirit with a vision
Is a dream with a mission

Spirits fly on dangerous missions
Imaginations on fire
Focused high on soaring ambitions
Consumed in a single desire

In the grip of
A nameless possession —
A slave to the drive of obsession —
A spirit with a vision
Is a dream with a mission…

But dreams dont need
To have motion
To keep their spark alive
Obsession has to have action —
Pride turns on the drive

If their lives were
Exotic and strange
They would likely have
Gladly exchanged them
For something a little more plain
Maybe something a little more sane

We each pay a fabulous price
For our visions of paradise
But a spirit with a vision
Is a dream with a mission…