02
Apr 10

Os Iluminados, os Cépticos e a Morte do Flash

Algures a meio de 2008 tive a seguinte troca de comentários:

PauloQuerido : @mvalente tenho feito tudo em js+css: http://tinyurl.com/6b7pbz

mvalente : @PauloQuerido Nao discuto :)… Em 5 anos o Flash vai estar no mm “nicho” em q estao as Java applets (ie. +- nulo)

mvalente : Ajax Animator is nice http://antimatter15.110mb.c… It does Flash but also Processing.js+canvas. 5 years? Make it 2…

Em suma: previa que o Flash estivesse morto daí a 5 anos (2013) e depois ajustei a previsão para 2 anos (2010)

Nos 2 anos entretanto passados, não tenho perdido a oportunidade de reforçar essa opinião cada vez que apareceram novos exemplos do uso de standars como o Javascript, HTML5, CSS, SVG, etc.

Também nos 2 anos entretanto passados, não faltaram “iluminados” e cépticos a discordar, com comentários tipo “o flash vai ter sempre o seu lugar”, “not the decline of Flash as jack of all trades”, “flash has its audience and its utility”, etc, etc.

E ainda nos mesmos 2 anos, também vi muitos cépticos e “iluminados” a virarem a casaca e passarem a ser arautos das boas novas. Os maiores fanáticos são sempre os recém convertidos…

Chegamos assim a 2010. O Flash está morto? Não. Mas pelos vistos vai bem encaminhado para estar em 2013:

GwtQuake: Taking the Web to the Next Level

A verificar-se a validade deste resultado (ainda não tive oportunidade de testar, mas tudo indica que sim, dadas as várias confirmações existentes) muita gente vai ficar caladinha a assobiar para o lado, a ver se passa despercebida. Só que eu sou um arrogante e não vou perder a oportunidade de dizer “I told you so”.

Esperei de ontem até hoje para escrever sobre o assunto mas, caso isto seja mesmo uma brincadeira de 1 de Abril, é inevitável que passe a realidade mais cedo ou mais tarde. Mantenho a previsão de que o Flash vai morrer: até 2013 ainda tenho tempo para ter razão.

EDIT: “Então e o o facto de o Google Chrome passar a incorporar o Flash?”. Amigos, isso é o que se chama um reverse takeover: o Chrome garante a compatibilidade com o Flash sem ser preciso fazer o download de plugins; e assim pode esperar que os sites passem a usar o HTML5 e  quejandos; e se calhar no entretanto substitui a VM do Flash pela  VM Javascript, com render do Flash directo para Canvas. Esse, aliás, é a provavel salvação do Flash: ser um conjunto de ferramentas que permite desenvolver aplicações tendo como target JS+Canvas+SVG; na realidade o Flash não é muito mais do que isso (o ActionScript não é mais do que uma versão de Javascript)


28
Mar 10

Omega Point

Ah, what’ s this? Yeah, excellent I love this kind of stuff.

Is this your track or is this, like, did you just put something on?

Yeah, it’ s nice.

No longer any place mother nature can hide now,

Far from space culture.

Dazzling, spacial

At the instant the omega point is reached, life will have gained control of all matter and forces.

Not only in a single universe, but in all universes his existence is logically possible.

Life will have spread to all spacial regions in all universes, which can logically exist.

We have stored an infinite amount of information,

Including all that is knowledge, which is logically possible to know.

No longer any place mother nature can hide,

Far from space culture.

Exude your phenomenon, exude the phenomenon.

Turn it on

Dazzling, spacial

The Mayan calendar, the most concentric figuration of recorded time.

You know the axis of the Northern Star shifts like two inches every year?

And it ends near 2000 and 11 on the nears of 2011th on the last half of hour.

Is, ah, when time speeds up.

Coming back,

Dazzling, spacial

Distant cosmos,

Exude the phenomenon.

I met, I need a power more than (…), that was really weird,

Oh man, that was (…),

And all these chicks, man (…) fuckin’,

You know what I mean? And I saw these dudes,

They’ re looking for Mick Jagger, you know,

like, I was, like, whoa,

I don’ t really know what’ s going on here?

And it was like, and Mick Jagger came out,

And he looked really scruffy,

And it was, like,

It was, like, he came up, man,

Cut, I tell you what, he came up,

And he went, like,

“Hey, man, alright.”

And it was, like,

“I s… I s… I’ ve seen the future, man.”

He goes: “Yeah, there is one.”

http://en.wikipedia.org/wiki/Omega_point


21
Mar 10

Adding to the 100 Best Business Books of All Time

I highly recommend buying the book “The 100 Best Business Books of All Time”, with condensed versions of 100 very important business books. I might also refer you to the beast that “Business: The Ultimate Resource” is (>2000 pages, with lots of 1-page book summaries).

The recomendation isnt in full though, since some books arent included which I find really relevant for each category. So here are a few additions, some of them which are more of a personal nature:

YOU

Party of One: The Loners’ Manifesto

The Virtue of Selfishness

LEADERSHIP

Statecraft

Real Power: Business Lessons from the Tao Te Ching

STRATEGY

Blue Ocean Strategy

Entrepreneurship as Strategy

SALES AND MARKETING

Fortune at the Bottom of the Pyramid: Eradicating Poverty Through Profits

The 86 percent solution: How to Succeed in the Biggest Market Opportunity of the Next 50 Years

The Innovator’s Solution: Creating and Sustaining Successful Growth

RULES AND SCOREKEEPING

The Goal: A Process of Ongoing Improvement

Economics in One Lesson

MANAGEMENT

Management Challenges for the 21st Century

The Future of Management

BIOGRAPHIES

Howard Hughes – His Life and Madness

The Accidental Zillionaire: Demystifying Paul Allen

Accidental Millionaire: The Rise and Fall of Steve Jobs at Apple Computer

ENTREPRENEURSHIP

Innovation and Entrepreneurship: Practice and Principles

High Tech Start-up: Creating Successful New High Tech Companies

EDIT: The New Business Road Test: What Entrepeneurs and Executives Should Do Before Writing a Business Plan

NARRATIVES

Barbarians at the Gate

Maverick!: The Success Story Behind the World’s Most Unusual Workplace

INNOVATION AND CREATIVITY

Seeing What’s Next: Using Theories of Innovation to Predict Industry Change

The Eureka Effect: The Art and Logic of Breakthrough Thinking

BIG IDEAS

Telecosm: How Infinite Bandwidth Will Revolutionize Our World

The Age of Spiritual Machines

The Long Boom: A Future History of the World, 1980-2020

TAKEAWAYS

The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy

Zen and the Art of Motorcycle Maintenance: An Inquiry into Values


20
Mar 10

As Escolhas do MV (XXII)

A semana passada não me apeteceu, estava mal disposto…

  • ahh, o ZX Spectrum. Havia tanto para dizer sobre o Spectrum e a minha adolescência perdida… Vamos ficar pelos jogos e pelos mais relevantes numa década de existência: o ZX Spectrum Book – 1982 to 199X tem uma lista ilustrada, com uma página para cada jogo. Não me atrevo sequer a começar a listar as referências que cada um trás. Aponto só para os “definitive top 27 ZX Spectrum classics” onde se inclui o Deus Ex Machina do qual estamos a fazer um remake.
  • um dos problemas com que os empreendedores e as startups normalmente se deparam é a falta de recursos humanos. Competentes e capazes. A Solvate tenta resolver o problema colocando à disposição um quadro de especialistas e profissionais a quem se podem delegar tarefas. Outsourcing for startups…
  • a sugestão musical desta semana (já vão ver à frente a razão) é esse ganda maluco The Nuge, The Motor City Madman, Uncle Ted. Um dos meus musicos favoritos, quanto mais não fosse porque tem uma música chamada “Bound & Gagged” (notar a “guitarra” na entrada inicial, já vão ver à frente porquê) com citações clássicas como “take a look at the situation, I dont believe in negotiation”, “take a look at our Constitution, we must ammend us some retribution”, “we should have armed guards up and down the stairways, fighter jets flying through their airways” ou “they kidnap our leaders, they kill our advisors, they burn our flag… now just who the fuck do they think they are”. Tem outros clássicos como o Wango Tango ou o Great White Buffalo (no tour mais recente entrava em palco em cima de um búfalo; real.) Também vale a pena ver a prestação do artista na música “High Enough” dos Damn Yankees. Para uma power ballad, a entrada aos 3min12s é totalmente a pés juntos…
  • como o intervalo foi de 2 semanas, há 3 livros selecionados e consumidos. 1) o “God, Guns and Rock n Roll”, uma colecção de artigos escritos pelo Ted Nugent (agora já estão a ver o porquê da selecção musical). Não concordo com a parte do God nem (totalmente) com a parte do Guns. Mas o livro é hilariante, em especial as partes das caçadas do tipo. Com as quais também não concordo, mas é preciso ter respeito por um gajo que pelo menos caça de arco e flecha; 2) o “The Willows in Winter”, o seguimento do clássico “The Wind in the Willows (A Wordsworth Children’s Classics)”; sim, leram bem, é uma história para crianças, há algum problema?; 3) “The Nudist on the Late Shift”; não vou tentar explicar o título; o livro é sobre Silicon Valley e a “fauna” local; comprem e leiam…
  • “A Cry for Europe”, a reflexão de um investidor e gestor de capital de risco que está a dias de abandonar a Europa e de se mudar para os Estados Unidos. Do argumento destaco dois pontos: uma juventude sem ambição, cujo objectivo principal na vida é ser funcionário público; uma triste falta de liderança política. Da conclusão destaco um ponto: “We’re fucked if we don’t wake up soon”; como há leitores que não entendem o inglês e para que conste com todas as letras: “Estamos [a Europa] fodidos se não abrimos a pestana”.

E, com esta nota erudita, acaba o post.


10
Mar 10

Preço Automóvel Mínimo Nacional

Os clientes costumavam ir ao stand de automóveis para escolher e comprar um automóvel. Chegavam lá e tinham 4 marcas/modelos à escolha: o Skoda por 300, o Fiat por 400, o VW por 500 e o BMW por 600. Cada um escolhia o carro que desejava conforme a performance do mesmo. Havia quem comprasse uns e outros. Quem tinha mais dinheiro comprava os melhores, quem tinha menos dinheiro comprava os mais baratos. Quem não tinha dinheiro mas precisava de um bom automóvel esforçava-se, empenhava-se e comprava um BMW. Quem não estava para isso comprava Skodas.

Até que um Governo, preocupado com o estatuto dos automóveis, das suas marcas e também com a possibilidade de arrecadar mais impostos, resolveu criar o Preço Automóvel Mínimo Nacional: nenhum modelo podia ser vendido por menos de 450. Era uma questão de manter os fabricantes mais pequenos e o seu negócio. Mas também era uma forma de supostamente se ir cobrar mais impostos. Isto já para não falar que era mais “justo” e dava mais “igualdade” aos automóveis.

Resultado: deixaram de se vender Skoda e Fiat. Quem tinha posses continuou a comprar VW e BMW; quem não tinha posses deixou de comprar Skoda e Fiat e passou a andar a pé.

Os carros não são pessoas, claro, mas o facto é que os Skoda e os Fiat deixaram de ter trabalho. Tudo por causa do Preço Automóvel Mínimo Nacional. O que vale é que o Governo agora pensa em ajudar as marcas com um subsídio para que elas se mantenham a funcionar, apesar de não haver quem se interesse pelos modelos. Mas para o efeito vai ser criado um Subsidio Automovel, em que é fornecido aos modelos que não vendem umas jantes prateadas, um ailleron e um autocolante a dizer “Street Ricer”.

Ninguém vai ser capaz de resistir a estes novos modelos, é garantido que vão passar a ter trabalho. Isto se entretanto os clientes não se habituaram a andar a pé.