As Escolhas do MV (XXIV)

Mais uma vez um atraso no post do costume…

  • quando em 1999 troquei o PHP pelo Python a minha escolha em termos de framework de desenvolvimento foi o Zope. Depois de enormes dores de cabeça com o PHP era necessário algo que separasse o UI, a lógica e o modelo de dados. Aquilo que hoje está em voga, o MVC (embora eu prefira o modelo MVP). Usei o Zope até 2005/2006, altura em que comecei a procurar um substituto ao Python (e já sabem que é o Javascript). De qualquer forma ainda mantenho o olho nos desenvolvimentos do Zope e do Plone, e ainda não encontrei nada (tanto no Javascript como nos Rails, Django e etc desta vida) que substitua as funcionalidades do Zope (ou então que começam a implementá-las 10 anos depois). Case in point: muito pouca gente conhece o Cyn.In, uma plataforma de Groupware/CMS/SocialNetworks/Blogs. Vale a pena dar uma olhada.
  • uma forma perfeitamente legitima para arrancar com uma startup tecnológica é copiar/adaptar projectos que estejam a ter tracção nos EUA. Ficam dois links para listas de startups que estão a aquecer em Nova Iorque e em Silicon Valley
  • uma das minhas bandas preferidas que ficou dos anos 90 são os EMF. Aposto que todos conhecem o hit deles, o Unbelievable. Menos conhecidas são músicas como o Lies ou o They’re Here.
  • de livros esta semana foi fraquinha. Acabei de ler o “Microtrends” (vide semana passada) e tenho estado a ler o “Hawx” do conglomerado Tom Clancy. Já gostei mais do género. Hoje em dia gosto menos, especialmente se são escritos pelos “subtitutos” e não pelo próprio.
  • a escolha política da semana é um artigo do New York Times, com o título “The Next Global Problem: Portugal” e que já fez as rondas inclusive nas TVs. Vale a pena citar e traduzir uma parte: “para a dívida de Portugal ficar como está e se poder pagar os juros a uma taxa de 5% (com sorte…), Portugal teria de ter um superavit de 5.4% do PIB em 2012. Neste momento tem um défice de 5.2%. Ou seja, teria de crescer 10% até 2012”. As previsões de crescimento do PIB para os próximos anos é de valores inferiores a 1%….

That’s all folks!

6 comments

  1. Boas.

    Não percebi a tua ideia com o Cyn.In. Aquilo só não traz uma torradeira pq não calha. É o típico tudo-em-um impossível de manter.

    Relativamente ao Zope:

    Um “web development framework” sem uma “through-the-web management interface” não faz sentido em 2010.

    É por isso que o Zope2 se tem mantido.

    Também ainda não encontrei nada que o substitua quando se quer um application server.

    ( e não é por tentar, mas é raro encontrar algo suficientemente simples. Ainda agora olhei para o repoze.bfg – agrada-me o pay only for what i eat – e apesar de super simples, irrita-me o facto de ter de andar a editar ficheiros e mais ficheiros ao invês de criar objectos e mudar-lhe as propriedades via interface web )

    ( ah, outro, …. http://www.web2py.com/examples/static/web2py_vs_others.pdf , página 55, depois vais olhar para o sistema de templating e chegas à conclusão de que é mais simples e legível fazer response.write( “” ) do que usar o sistema de templating deles )

    Best regards,

    @120, Nbk

    • >Não percebi a tua ideia com o Cyn.In. Aquilo só não traz
      >uma torradeira pq não calha. É o típico tudo-em-um
      >impossível de manter.
      >

      Como um Joomla ou ou Drupal. É uma questao de opção e escolha.
      Não quer dizer que eu fizesse a mesma escolha.

      >Um “web development framework” sem uma “through-the-web
      >management interface” não faz sentido em 2010.
      >

      Certo. Como tem o Ruby on Rails ou o Django. Que agora, 10 anos
      depois do Zope, andam a implementar funcionalidades semelhantes.

      >vais olhar para o sistema de templating e chegas à conclusão de que
      >é mais simples e legível fazer response.write( “” )
      >

      Concordo. Já nem dos DTML templates do Zope gosto. Para ter
      um templating engine basta o proprio HTML, não é preciso criar
      complexidade adicional com um sistema de templating e respectiva
      linguagem.

      — MV

  2. desde que descobri o web2py não olhei para trás