Os clientes costumavam ir ao stand de automóveis para escolher e comprar um automóvel. Chegavam lá e tinham 4 marcas/modelos à escolha: o Skoda por 300, o Fiat por 400, o VW por 500 e o BMW por 600. Cada um escolhia o carro que desejava conforme a performance do mesmo. Havia quem comprasse uns e outros. Quem tinha mais dinheiro comprava os melhores, quem tinha menos dinheiro comprava os mais baratos. Quem não tinha dinheiro mas precisava de um bom automóvel esforçava-se, empenhava-se e comprava um BMW. Quem não estava para isso comprava Skodas.
Até que um Governo, preocupado com o estatuto dos automóveis, das suas marcas e também com a possibilidade de arrecadar mais impostos, resolveu criar o Preço Automóvel Mínimo Nacional: nenhum modelo podia ser vendido por menos de 450. Era uma questão de manter os fabricantes mais pequenos e o seu negócio. Mas também era uma forma de supostamente se ir cobrar mais impostos. Isto já para não falar que era mais “justo” e dava mais “igualdade” aos automóveis.
Resultado: deixaram de se vender Skoda e Fiat. Quem tinha posses continuou a comprar VW e BMW; quem não tinha posses deixou de comprar Skoda e Fiat e passou a andar a pé.
Os carros não são pessoas, claro, mas o facto é que os Skoda e os Fiat deixaram de ter trabalho. Tudo por causa do Preço Automóvel Mínimo Nacional. O que vale é que o Governo agora pensa em ajudar as marcas com um subsídio para que elas se mantenham a funcionar, apesar de não haver quem se interesse pelos modelos. Mas para o efeito vai ser criado um Subsidio Automovel, em que é fornecido aos modelos que não vendem umas jantes prateadas, um ailleron e um autocolante a dizer “Street Ricer”.
Ninguém vai ser capaz de resistir a estes novos modelos, é garantido que vão passar a ter trabalho. Isto se entretanto os clientes não se habituaram a andar a pé.