21
Nov 09

As Escolhas do MV (X)

Na 6ª feira passada não houve escolhas porque tive de ir aturar isto. Ainda pensei que me safava com o Prado mas fui bem enganado. O Louvre é 10x melhor: mais variedade, mais qualidade e mais quantidade. E o Reina Sofia também é uma bela porcaria. OK, tem uns Dali, uns Picasso e uns Miró. Tem o Guernica. Mas tirando isso mais de metade do museu é daquelas obras “artisticas” de esquerda-liberal (“instalações”), tipo um sapato colado à parede com uma moldura à volta. Para mim não cola. Devo ser uma besta. Ou então é porque não tenho pretensões a intelectual de esquerda, não estou para fingir que “entendo” os “sentimentos do artista” e não tenho problema em dizer que é uma merda.

  • há gente com muito tempo para desperdiçar e há malucos para tudo: um relógio digital feito apenas com scrollbars e Javascript. Pointless but funny.
  • um bom conselho não só para empreendedores e startups mas também para o geral da “classe trabalhadora” (na Europa e em Portugal em particular): ou começam a dar o litro ou vamos ser papados pelo Leste, pelos Chineses e por todos os que podem e querem trabalhar a sério.
  • álbum número 2 Billboard, número 1 Rock e Hard Rock, número 5 na Europa, top 10 em vários países da Europa, número 7 no Brasil… É preciso dizer mais? Ah, é: e em Portugal? Ah não que somos todos muito inteligentes e intelectuais.
  • não há muita coisa da música nova (pós 2000) que me surpreenda. Vi o vídeo “That Golden Rule” dos Biffy Clyro e fiquei bem impressionado, particularmente a partir dos 2 minutos e 8 segundos. Estes tipos andam a ver Rush demais. Para além destes artistas, andei a ver se me actualizava em termos de novas bandas de glam metal. Diz que o género está numa fase de retro revival. Um dia destes ponho aqui fotos minhas da época… Há algumas bandas giras, mas gostei mesmo foi dos Dirty Penny; Motley Crue + Poison parte II FTW!…
  • esta semana(++) não há cinema, há séries TV: já estava a sentir falta de acabar a noite com a melhor série que por aí anda desde o Twin Peaks. Esqueçam lá essas parvoeiras do Prison Break e do 24H e outras mariquices do género. Criminal Minds é o que está a dar.
  • vale a pena ler o “Bringing Down the House“. É a história de um grupo de estudantes e professores do MIT que se põe a “limpar” casinos a jogar blackjack, aplicando técnicas matemáticas estatísticas. Agora já sei o que vou fazer quando for apanhar secas para o casino.
  • chamem-lhes “malucos”, “incendiários” e “pessimistas”. O facto é que estes senhores têm razão: o principal problema de Portugal é a III República e a sua Constituição bacoca, socialista, parola e demodé. É uma Constituição de um país africano de 3º mundo deslumbrado com o sol comunista. Ou o sistema político tem a capacidade de criar uma nova Constituição, referendá-la e fundar a IV República, ou então um dia destes alguém o faz de forma violenta. Seja o povo, os militares ou a Espanha. Sim, sou um cabrão reacionário.

E ficamos assim. Desta vez consegui começar antes da meia noite e acabar pouco depois.


18
Nov 09

Infografia Sobre o Estado do Estado

O meu pequeno contributo para identificar os problemas da República Portuguesa e o actual estado das coisas. O diagrama baseia-se na separação de poderes e no sistema de “Freios e Contrapesos”(!) (Checks and Balances). As caixas são os vários actores do panorama político e as setas identificam quem responde perante quem.

O truque para chegar ao nirvana metafísico é identificar quem não responde perante ninguém; logo não é responsabilizado, não pode ser responsabilizado e é portanto irresponsável.


17
Nov 09

Gold

Há quase 2 anos atrás ( http://mvalente.eu/2008/01/24/gold-in-them-thar-hills/ ) eu tinha razão ( http://www.goldprice.org/gold-price-history.html#2_year_gold_price )… para variar.


15
Nov 09

Jumping on the Bandwagon

Did I get a proposal? Yes. Did I accept it? No. Do I regret it? No. We dont have 10M but its cool, Genghis Khan rides a Harley.


11
Nov 09

O Tecnologista Troglodita

Quem me conhece, em especial os amigos, têm-me em conta de ser um gajo modernaço. Sempre em cima das últimas tecnologias e tal, fã de gadgets e o camandro.

Deixem-me desiludir-vos: eu sou um troglodita tecnológico. Sou, em linguagem MBA, aquilo que designa de laggard no ciclo de adopção tecnológico.

É verdade. Gosto de saber das últimas novidades, de experimentar novas tecnologias, de testar gadgets e de fazer experiências com software. Mas quando toca a adoptar tudo isso para uso corrente, sou um sacana de um conservador reaccionário.

Vem isto a propósito do último upgrade que fiz à minha workstation cá de casa. Comecei a fazer as contas e cheguei à conclusão que tenho a mesma máquina há 8 anos. Sim, leram bem: OITO anos.

Comprei uma Dell Precision 530 algures em fins de 2001 ou inicio de 2002. Na altura custou à volta de uns €3000 (melhor do que os €5000 que me pediam a Compaq e a HP); hoje podem-se comprar por menos de €150. Na altura era uma “bomba”: duplo processador Xeon, 512MB de RAM (Rambus, RDRAM), disco SCSI 15.000 RPM e tudo o resto. Se calhar foi por ser uma bomba que durou até hoje. Funcionou sempre perfeitamente para o que eu precisava de fazer, mesmo para torrar tempo a jogar Enemy Territory ou Quake. Há uns 3 ou 4 anos atrás tive de lhe substituir a placa gráfica e o disco SCSI, porque queimaram os dois. Pus uma porcaria de uma placa gráfica qualquer de €50 e um disco IDE e tá a andar. E sempre a bombar. Mais recentemente não conseguia jogar o Combat Arms nem o Battlefield Heroes e fiz mais um upgrade: passei a RAM para 1Gb e e comprei dois discos SCSI, a juntar ao IDE. E siga para bingo, faz tudo o que preciso, inclusive os jogos.

Em termos de software (sistema operativo especialmente) a história não é muito diferente: a máquina vinha com o Windows 2000 instalado, que foi prontamente aniquilado pelo avançado e testado Windows 98. Quando saiu o XP resolvi fazer uma loucura: instalei o Windows 2000. E mudei para XP há uns 3 ou 4 anos, pouco antes de sair o Vista, que ignorei liminarmente, tanto pessoalmente como no Ministério da Justiça (as críticas foram muitas mas eu sou teimoso e tinha razão). Pode ver-se a coisa deste ponto de vista: não gosto de ser beta tester, em particular da MS.

Antes que se ponham aí os fanáticos do costume a espumar: eu tenho outras máquinas. Eu tenho aqui um servidor com Linux (acho que tem o Fedora 5 ou 6, não me apetece fazer o upgrade). Eu tenho ali um Mac Cube com o Mac OSX 10.1 (também tenho os CDs do 10.5.2 para reinstalar mas ainda não me apeteceu). Eu tenho uma NeXT a correr o NeXTStep 3.2 que é a versão de 1993 (se alguém me arranjar os CDs da 3.3 ou da 4.0 penso em fazer o upgrade, acho que já deve estar suficientemente testado).  Portanto não me chateiem e voltem lá a fazer genuflexões ao Deus da vossa escolha (não, não são esses: estou-me a referir ao Gates, ao Jobs e ao Linus).

Até à semana passada até estava satisfeito com a máquina. Fruto das muitas instalações e kitanços, a máquina às vezes arrastava-se, mas funcionava. E até já nem jogo muito (chateiam-me os gajos que têm hacks e cheats melhores que os meus). Mas comecei a pensar “eh pá, isto agora que saiu o Windows 7 deve estar na altura de fazer um upgrade”. E aqui é que houve um problema. Instalo essa porcaria do Vista? Bem pelo menos está testado, pensei eu. Ou instalo o 7 e ponho-me a jeito para ser enganado como beta tester e para ser toureado para dentro do famoso upgrade path MS?

Decidi: a última versão do Windows que entrou cá em casa e a última que usarei é o XP. Não tenho mais pachorra para as merdas da Microsoft. Tanto em termos de OS como em termos de comportamento da empresa. Nos últimos anos vi muitos comportamentos que pouco me agradaram. De um tipo equilibrado conseguiram transformar-me num tipo tendencioso. Fanático não. Vou continuar a ser amigo de quem usa Windows e até posso visitar os bairros onde moram. Mas não os ajudo mais em qualquer porra dos chliques do XP, do Vista ou do 7 ou lá do que for.

Instalei o Ubuntu 9.04. Eu sei que saiu o 9.10, mas também não gosto de ser beta tester deles. Estou satisfeito. A máquina funciona bem. Já não se arrasta. Acho que ainda deve durar 2 anos. Depois começo a pensar outra vez em comprar uma bomba qualquer (tipo 16 CPUs, 2Tb de disco, 16Gb de RAM, etc). Qualquer coisa que custe cerca de €3000. E que dê para durar mais dez anos. Cinco, pronto.