28
Dec 09

As Escolhas do MV (XV)

Estas escolhas não vieram à 6a feira mas há uma justificação (não sei se repararam mas foi dia de Natal). De qualquer forma aqui estão algumas sugestões:

Acho que a partir da próxima semana ou da seguinte começo a sugerir escolhas na área dos jogos, para substituir a dos filmes. Até lá.


23
Dec 09

History Repeating

Há uns anos 10 anos atrás resolvemos mudar de casa. E como o nosso banco andava armado em parvo, resolvemos mudar de banco para aquele que nos desse as melhores condições. Curiosamente, depois da mudança, o banco inicial andou durante 2 ou 3 anos a oferecer-nos o que dantes não podia ser; até que acabámos por mudar de volta, não pelo aliciamento mas porque o novo banco passou ele a armar-se em parvo.

Anyway… A coisa acabou por ter piada porque, quando nos dirigimos ao soon-to-be novo banco para contactar uma pessoa recomendada por um amigo, acabo por descobrir que era um amigo de longa data, colega num dos primeiros empregos que tinha tido. “Eh pá! tás bom e o camandro!…”. A conversa habitual. Lá começámos a dar andamento aos trâmites e esse amigo pede-me os dados pessoais. Quando lhos começo a dar e ele começa a debitar no computador, diz ele: “Eh pá, não é preciso porque eu já tenho aqui os teus dados todos”. Como?! Eu nunca tinha sido cliente do banco, nem do grupo. Têm os meus dados todos?! Mau… Comecei logo a fazer teorias da conspiração. Privacidade, big brother e tal. “Como é que têm os meus dados todos?”, perguntei. “Foste tu que os deste. Na data tal do tal no balcão das empresas na Avenida X”. Fiz rewind, lembrei-me e comecei a rir…

Uns anos antes tinha resolvido meter-me numa aventura e achei que eram verdade aquelas coisas da TV tipo “venha ao nosso banco, apoiamos jovens empresários”. Hoje já não é empresários mas é parecido: “venha ao nosso banco, apoiamos inovação e empreendedores”. A mesma treta. Mas na altura lá fui ao banco. Explicar o que é que queriamos fazer, porque é que achavamos que o TCP/IP ia ganhar ao X.25 (literalmente) e a Internet era uma coisa boa. Já estão a ver o filme: ficaram com os dados (para a basezinha de dados de direct mail) e ignoraram-nos completamente. O que não é de admirar, visto que ainda não tinha o ar respeitável de quem corta o cabelinho e levava o mesmo blusão de cabedal que levei ontem para os Living Colour.

E lá continuei a rir. “Porque é que te estás a rir?”, pergunta-me. “Porque já me lembro onde é que dei os dados e porquê.”, disse eu. A rir-me. E diz o amigo: “Porquê?…. Espera…Não acredito! Foi por….”. Pois. Pois foi. Foi o banco a ficar a ver navios por causa das suas “metodologias”, os seus “processos”, as suas “burocracias”, mas acima de tudo a sua aversão a tudo o que sai fora dos parâmetros do sistema. Perderam a oportunidade de fazer um bom investimento e de ter um bom retorno.

Hoje, já com mais experiência, mais conhecimento e mais paciência, estou-me a rir de antemão. Como diria o outro “plus ça change…“. Os termos mudam, os “JEEP” de ontem são os “empreendedores” de hoje, os SAJE de ontem são os QREN de hoje. Mas as tretas continuam as mesmas. A aversão a tudo o que sai fora do quadrado continua. E depois o tempo passa, as coisas mudam e eu fico-me a rir.

Nas palavras imortais dos Propellerheads e de Lady Shirley Bassey: “History Repeating“.


19
Dec 09

As Escolhas do MV (XIV)

Desta vez comecei mais cedo, acho que vai dar para postar antes da meia noite:
  • a tecnologia é uma coisa muito bonita. Serve para uma carrada de coisas, é preciso é ter uma visão geral dela e perceber quais as tecnologias que podem ser uma vantagem quando aplicadas ao “negócio”. Isto é um dos conceitos base que tentamos ilustrar nas aulas de MIS (Management Information Systems). O “negócio” também pode ser, por exemplo, a Administração Pública ou a Justiça. Isto vem a propósito de não conseguir perceber tanto problema com as fugas de informação do Ministério Público e dos Tribunais. É que existe tecnologia para identificar os tipos de papel. Existe tecnologia para perceber em que impressora foi impresso um documento. Existe tecnologia para tornar cada cópia de um documento numa versão única, conforme a quem for distribuido (e, antes que perguntem, resistente a fotocópia). Simples. Só é preciso que as tecnologias sejam aceites por quem de direito e que quem de direito esteja disposto a alterar os processos de trabalho arcaicos.
  • para os empreendedores fica o link para um artigo com uma lista resumo dos melhores conselhos para empreendedores que existem na web.
  • um dos subgéneros musicais que sempre curti é o chamado funk metal, uma mistura (óbvio) de funk e de hard rock ou heavy metal. E quem melhor que uma banda de não-caucasianos “to funk you up”? Apresento-vos os Living Colour. É ouvi-los em versão mais funk do que metal no “Love Rears Its Ugly Head”. Ou, em versão mais metal do que funk, no “Cult of Personality” (letra dedicada aos “iluminados” em Copenhaga). Se não gostam nem de funk nem de metal, devem ser uns “bóbinhos” que gramam coisas tipo Soul ou Calypso. Então tomem lá o “Glamour Boys” (“I’M FIERCE!”) que os meninos também tocam disso. Isto vem a propósito do facto que os vou ver na próxima 3a feira no Santiago Alquimista. Caso não tenham reparado, o vocalista Corey canta pra catano.
  • para vídeos fiquem-se lá com o de outra banda de rock (rock cristão; sim, também há sem ser coisas do Demo) com um vocalista que também canta comó catano: Stryper, Calling on You. Validem lá o catano e o cristão nesta música: Jesus Makes Me Wanna Sing. Ou ponham lá um dos meninos do Ídolos a cantar o Honestly.
  • com esta história de Copenhaga não paro de me espantar com a pretenciosidade da raça humana. Não só estamos convencidos que as merdas que fazemos afectam o planeta, como adicionalmente estamos convencidos que podemos fazer alguma coisa para alterar o clima do planeta. Eu não estou convencido. Nós ao pé das baratas somos uns tansos. Plâncton então nem se fala. As emissões de CO2 de vulcões põem essa história dos carros a um canto. Mas isto é sabido. É conhecido. Há até cientistas que escondem o facto de a temperatura média do planeta estar a descer. Já há uns anos que saiu um livro chamado “The Skeptical Environmentalist” que demonstrou a tanga ecologista. Ah, convém dizer: o autor ERA um ecologista.
  • com mais uma falha de um banco, a crise do Dubai e os problemas da Grécia, voltou a ser moda vilipendiar o capitalismo. As pessoas não percebem ou não querem perceber que a razão da crise do subprime (subprime = empréstimos a pessoas que não os podiam pagar) foi devida a políticas socialistas. É que o crédito para a habitação tinha de ser democrático, toda a gente tem direito a uma casa. E os bancos foram pressionados a emprestar dinheiro. Quem não se lembra das famosas “taxas bonificadas”. O mais ridículo disto tudo é que o governo socialista dos EUA (sim, o Bush era socialista) foi avisado por Ron Paul, um dos candidatos à presidência nas últimas eleições. Vale a pena citar uma parte acerca do estado dos bancos Fannie Mae e Freddy Mac (bancos do Estado, a CGD lá do sitio): “by transferring the risk of a widespread mortgage default, the government increases the likelihood of a painful crash in the housing market”. Isto foi escrito em 2003, 5 anos antes da crise do subprime. A propósito das últimas eleições americanas: está quase a fazer 1 ano. Então Obama, o salvador da Humanidade e arredores, ainda não fez nada? Em 1 ano o gajo ia partir a loiça toda. Até agora zero. Até a esquerda americana já se está a chatear com o homem.

AH! Desta vez foi antes da meia noite (23:49)!


14
Dec 09

E Se Alguém Copia a Ideia?

É o meu último artigo no site da Maverick. Só achei que deviam saber.


08
Dec 09

As Escolhas do MV (XII)

Este fim de semana foi complicado, entre jantares de família e aulas para dar não consegui fazer o post. Não faz mal que amanhã é feriado:
  • o link te tecnologia para esta semana é, para variar, sobre a ascendência cada vez maior do Javascript. Não só o JS está a ter enorme tracção do lado do servidor (como alternativa aos PHP, Perl, Rubys e Pythons desta vida) como todos os dias vemos desenvolvimentos inesperados do lado do cliente (browser). Do lado do servidor esta tem sido a semana do Node.js. Um dos criadores do Django (Python) considera o Node.js como “the most exciting new project I’ve come across in quite a while“. O número de projectos que o usam tem crescido de forma muito rápida e até estou a ver se faço o port do meu próprio framework para o Node.js (si, também tenho um, isto é como as opiniões). Do lado do cliente, o Effect, uma biblioteca para criação de jogos em Javascript, vem mostrar que estavam errados aqueles que me diziam há uns tempos atrás (quando eu aturava a Twitter-Whine-o-Sphere) que o JS nunca substituiria o Flash e que o Flash sempre seria necessário. Eat me.
  • como esta semana não tenho nenhum link sobre empreendedorismo, fica um muito inspirador da mesma semana de há 1 ano atrás: Soon It Will Be Time to Start Over, Again.
  • gosto de música; gosto de showbiz (been there, done that and didnt get the tshirt). Por isso gosto de ver os Ídolos. Quanto mais não seja farto de me rir com o Manuel Moura Santos. Aquilo é um baixar barrote de 4×4 como se não houvesse amanhã. Tenho pena de duas coisas:  de serem só músicas gayzolas e de ser tudo com a porcaria das músicas pré-gravadas. Custava muito ter lá uma banda ao vivo? Não. Acredito que já custava um bocado mais deixar a rapaziada escolher as próprias músicas. Na volta ainda lá aparecia um gajo a querer cantar rock a sério e isso não pode ser porque é barulho e Portugal é um país da esquerda-intelectual. Vá, vão lá ver o Ari Koivunen, vencedor do Ídolos na Finlândia, a debitar o Perfect Strangers dos Deep Purple.
  • os vídeos desta semana são de um vocalista de uma banda que eu nem gramo muito: os Led Zeppelin. Sim, sacrilégio, eu sei. Mas são uns chatos. Aquela coisa do Stairway to Heaven devia ser proibida, principalmente aos bazarocos que a tocam mal pegam numa guitarra (então nas lojas de instrumentos é um regalo). Já adivinharam, Robert Plant. O gajo tem uns álbuns a solo muito bons e que felizmente não soam nada a Led Zeppelin. Fica a chamada de atenção para os vídeos de duas músicas do álbum “Now and Zen“: Ship of Fools e Heaven Knows (“you were pumping iron as I was pumping irony”;”see the white of their eyes and shoot, with all the romance of the Tonton Macoute”). Olha, de caminho aproveitem e vejam o vídeo do “Wait for You” da banda do filho do Jason Bonham.
  • acho que vou deixar de sugerir links para cinema. Gosto de cinema, mas não gosto de ir ao cinema. São coisas diferentes. Quanto a sugestões vão ao Jinni.
  • ainda estou a ler o Collapse. Como sugestão fica o meu livro favorito: “Zen and the Art of Motorcycle Maintenance” (não tem nada a ver com Zen nem com motos; mais ou menos…)
  • continua-se a falar de mais impostos e de mais Estado social. A minha recomendação é ler estes três artigos: “Taxes: Politicians Acting Like Bank Robbers“, “Don’t Save Social Security” e “Minimum Wage Should Be Repealed“.

E, para variar, vou ver o Mentes Criminosas.