08
Mar 11

The Paradox of Portuguese Entrepreneurship

My seed fund management company (Maverick), which is currently managing SeedCapital (a portuguese YCombinator clone), is organizing the 3rd edition of Kickstart, a workshop that we run every semester to help projects and ideas go into the startup phase and, hopefully, to choose some of them for investment.

In the past editions we have been pretty happy with the number of candidates, the number of selected teams and the number of projects with investment potential (see here and here). As for the current edition we have received zero proposals. Zero.

I’m currently teaching Entrepreneurship at the portuguese Catholic University and in one of the sessions we discussed the level of risk aversion in Portugal and the level of entrepreneurship. My students were very perplexed by this apparent paradox: Portugal is one of the top entrepreneurial countries; but its also one of the most risk averse.

Out comes the academic in me to provide literature supporting the argument…

Some years back, Geert Hofstede made a study of several countries’ characteristics, including risk aversion. At the time Guatemala was the most risk averse country and Portugal was second. The current version of the study shows that Guatemala got better and is now in 3rd place while Greece is now the most risk averse country in the world. Portugal? Still in second place.

Strangely enough, whereas Greece’s entrepreneurial level (52nd place) is consistent with its risk aversion level, Portugal is on the Top 25 Most Entrepreneurial countries in the world. Paradox? Not really.

Portuguese are quite entrepreneurial but are still risk averse. They are quite disposed and able to become their own bosses. But their entrepreneurial spirit is focused on creating small businesses and lifestyle businesses: a restaurant, a clothing shop, a bar, a hairdresser salon, a newsstand, a consulting/freelance job, etc. Something that basically doesnt defy the status quo, something that is safe, something that wont shock friends and family and that assures that one doesnt deviate from the norm. Portuguese are still provincial, they are rather happy to create businesses that are focused on our small country and that just provide living expenses. They are still uncapable of thinking with a European (or worldwide) focus. They are still uncapable of thinking big, of having a chance to make millions.

As for the start of this article, regarding Kickstart and the number of candidates, I guess that the small company, the on-the-side project, both usually complemented by a “real” job or a consulting gig providing “safety” (and most of all social approval), are the nowadays version of the hairdresser salon.

 


18
Feb 11

Esoterica I – O Assalto

Servidores Esoterica

Servidores Esoterica

A propósito do aniversário de constituição da Esoterica vou aproveitar para ir fazendo alguns posts com historietas que aconteceram, que já andava a pensar fazer há algum tempo. Algumas revelações serão chocantes. Esta é a primeira…

A certa altura o Paulo Laureano fez meia duzia de scripts em bash (queria fazer em C, ganda maluco) que detectavam se um servidor estava em baixo e, caso estivesse, mandava uma mensagem para um pager (eu ainda sou do tempo dos pagers).

Em cada semana havia um desgraçado que ficava com o pager, encarregado de resolver qualquer problema. Ou conseguia entrar em remoto e resolver, ou então estava lixado e tinha de ir às tantas da manhã carregar no botão.

Um belo dia, estava o Paulo de plantão, e o pager deu alarme à meia noite: “Servidor de news em baixo”. O servidor de news era um filho da mãe, a luz do disco estava sempre acesa. Para além disso a maquina tinha “marteladas” a grosso, dadas pelo palerma do sysadmin (um palhaço chamado Mário Valente). Logo a seguir “Servidor de email em baixo”. Logo a seguir “Servidor FTP em baixo”. O Paulo, que no caso do servidor de news se estava a cagar, teve mesmo de ir. Felizmente morava perto.

À meia noite e meia, um quarto para a uma, liga-me: “Olha lá, mudaste os servidores de sitio?”. E eu: “Eu? Tás maluco ou quê”. Diz ele: “Então vem cá que fomos assaltados”.

Nice…

E lá fui. Tinhamos sido assaltados. Não havia um unico servidor na sala. Na nossa e em mais nenhuma do centro de escritórios que tinha sido assaltado.

Ligar à Polícia, ligar ao advogado, ligar à gestão do centro de escritórios, etc e tal.

Entretanto, eu e o Paulo começámos a fazer contas: pera aí! O pager tocou à meia noite. O Paulo (que morava perto) chegou lá à meia noite e meia e telefona-me. Os tipos não tinha tido tempo para sair com o “material”!!! Viemos para rua antes que desse asneira dentro do centro.

A Policia chega. “Oh Sô guarda, eles ainda estão no centro, não tiveram tempo de sair!!”… “Pxxx! Oh amigo, isso agora eles já vão longe”, e tal e não sei quê.

Vem a gestora do centro, vem o nosso advogado e lá se arranjou licença para entrar no centro e avaliar a situação. Meu dito meu feito: tudo o que tinha sido roubado, inclusive os nossos servidores, estava numa sala numa cave com saída para a rua de trás. A nossa sorte é que o servidor que detectava falhas e que mandava pagers foi um dos últimos a ser desligado.

O artolas do polícia ainda se pôs com merdas tipo “ninguém mexe em nada que agora vem a PJ”. Levou com uma arrochada do João Luis Traça (nosso advogado) que até chiou…

Toca de mover os servidores de volta para a sala e ligar tudo; recuperar discos e/ou reinstalar backups, uma vez que os discos tinham sido desligados à má fila; e etc e tal, às tantas da manhã. Pelas 7 da manhã estava tudo de volta online. Mandámos um email a todos os clientes: “pediamos desculpa mas a EDP tinha tido um problema na nossa zona e demorou algum tempo a repor a situação”.

E assim acontece.


01
Feb 11

Investir em Projectos ou Investir em Pessoas

Idea Production Machine

Idea Production Machine

Enquanto estava a escrever este post pus-me a pensar e ocorreu-me uma coisa…

A SeedCapital investe todos os semestres em 2 ou 3 projectos. Os investimentos situam-se entre os 15 e os 30 mil euros, dependendo do estágio do projecto.

Vamos assumir que investe em 5 projectos por ano e em cada projecto investe 15 mil euros. Contas feitas são 75 mil euros de investimento, por 5 projectos/startups.

Não seria mais eficiente contratar uma equipa de, digamos, 3 pessoas (backend engineer/programmer, frontend engineer/designer/UX, marketing and sales guy/girl) e passar a realizar projectos internos (49 ideias na lista, provavelmente nem todas são um negócio)? É evidente que as contas não são assim tão simples (IRS, SS, etc), mas mesmo assim ainda são 25 mil euros por pessoa (+- 2000 euros por mês). Já é razoavel, especialmente se, para além da remuneração garantida, tivessem também uma participação como acionistas em qualquer um dos projectos. Se se considerásse como hipotese recorrer a programadores estrangeiros (indianos, chineses, russos, etc.) o que não seria o caso, uma vez que prefeririamos trabalhar com pessoas locais, então era ainda mais atractivo.

Com uma equipa interna permanente e especializada (pronto, ninjas, rockstars, samurais, ou lá o que lhe queiram chamar) podia entrar-se em modo MVP, um/1 site/ideia/projecto por mês, release early release often. E eram 12 projectos por ano em que se atirava o barro à parede com esses projectos. Algum havia de “colar”. Ter uma carteira com o maior numero possivel de investimentos é uma das boas práticas do investimento e uma forma de espalhar o risco. É uma questão de probabilidades.

Funcionava? Ou não? Any takers (mvalente@maverick.pt)? O que é que pode justificar não o fazer e continuar a investir em projectos? Gostava de ouvir opiniões.


12
Dec 10

O Ataque dos Especuladores Financeiros

A crise do açúcar chega a todo o lado. A Cristina, quando ouviu a notícia, pediu-me para ir ali à mercearia do Sr Silva buscar alguns pacotes de quilo, não fosse o Diabo tecê-las.

Lá fui…

“A coisa não tá fácil”, disse-me o Sô Silva. “A gente até vendia mais, tem vindo muita gente comprar. O problema é que não conseguimos arranjar mais”. Claro, está bem de ver, ficou tudo assustado de não ter com que fazer as filhozes e toca de açambarcar. “Se conseguissemos arranjar mais”, diz o Sô Silva, “sempre vendiamos mais qualquer coisita e sempre se ganhava mais algum, não é verdade? Nós compramos mais barato e vendemos um bocadinho mais caro, é certo. Mas também temos algum trabalho e também temos de fazer pela vida, não é?”. Sim, de facto é. “O problema”, diz o Sô Silva, “é que o País está em crise por causa do ataque dos especuladores da finança internacional. Querem ganhar dinheiro fácil à nossa custa”.

De facto… completamente imoral essa coisa dos especuladores financeiros comprarem dívida Portuguesa barata para depois a venderem mais cara.


07
Dec 10

Dominio uiquiliques.org.pt: Domínio Configurado

Ah bom… Este claramente já é um projecto meu, que não se confunde com mais nada.

Fica então o endereço: www.uiquiliques.org.pt


From: Servico de Registo de Dominios em PT
To: mfvalente@gmail.com

Caro contacto do dominio acima referido,

O dominio uiquiliques foi configurado.

Aguarde algumas horas até que a propagação esteja completa.

Ao dispor para quaisquer esclarecimentos adicionais, apresentamos os melhor=
es cumprimentos.