16
Aug 99

Usenet2

Forums electronicos: sucesso ou fracasso? Usenet II, brevemente num
server perto de si (c) Mario Valente, 1997

Introducao Ja vai para mais de um ano (dois?) que me foi proposto e
que me comprometi a escrever um artigo para o JnoUP. O tempo que passou
entretanto nao foi concerteza birra por o JnoUP ter ficado alojado na
IP e nao ter usado a oferta da Esoterica para uso de espaco :-). Alego,
parafraseando o Jose Antonio Chagas Machado, editor de servico do JnoUP,
infeccao do famoso virus “falta de tempo”. Esse tempo, no entanto,
tem sido utilizado na exploracao de tecnologias e de novos servicos,
obviamente com o objectivo de melhorar os servicos da Esoterica e de a
tornar cada vez maior e melhor. No entanto algumas dessas exploracoes
acabam tambem por ter reflexo e aplicacoes nao so na “nossa” Usenet
(a hierarquia pt.*), mas tambem na Usenet mundial, ou melhor dizendo,
nos varios forums electronicos de discussao.

O servico de news, newsgroups, grupos de discussao, conferencias,
Usenet, etc o que se lhe quiser ou desejar chamar, sempre foi, para mim,
o servico mais interessante de toda a Internet.

Ao IRC pouca piada acho: alem de ter apanhado uma barrigada do genero
quando tinha 16 anos (ja la vao 13) a usar a QSD e outros (lembra-se
disto quem andava na altura pelas BBSs), acho que o meio, por exigir
a presenca permanente dos interlocutores para existencia de dialogo, e
pouco maleavel, levando ao uso permanente de pequenas frases ou ditos,
normalmente abreviados, que pouco contribuem para uma discussao ou
conversa civilizada. O email, sendo um dos servicos que mais uso, tem
sempre a limitacao de ser one-on-one, de se ter apenas um interlocutor. As
mailing lists nao sao alternativa (sabe-o bem quem ja assinou meia duzia
delas e viu a sua caixa de correio inundada). O FTP e interessante
quando e necessario; ou quando se e um “coleccionador” (por falta de
melhor palavra :-) de software e se ve algum objectivo em ocupar 100 Mb
de disco rigido com a ultima versao (zippada!) do pacote 3D XPTO que
nao se sabe usar nem se pensa em tal fazer. Tendo criado o primeiro
servidor WWW em Portugal (no Laboratorio Nacional de Engenharia Civil),
tenho que me confessar sinceramente desiludido com o meio. Consegue
ser pior do que uma televisao pimba em que qualquer desclassificado
pode fazer um programa. “Surfar” na Web e para mim o equivalente a ver
televisao… mexicana….com programas compactos de novelas.

Sao de facto os forums de discussao que tem o factor mais interessante
da tecnologia Internet: as pessoas, juntas em grupos, trocando ideias.

Digo forums de discussao, independentemente de serem grupos da Usenet,
conferencias da Fidonet ou ate mesmo mailing lists ou chat boards na Web;
este tipo de meio nao apareceu por causa da Internet, sempre existiu sobre
outras tecnologias (que saudades das bem frequentadas conferencias da
Fidonet, na Visus, na CATS, na Skyship e outras tantas). Alias, a rede
de mensagens Usenet foi inicialmente criada funcionando em cima da rede
mundial de UUCP e nao da rede mundial de TCP/IP, hoje conhecida como
a Internet.

Uso e abuso actual da Usenet Muito do meu tempo, dizia eu, tem sido
entao usado nao so na gestao da empresa que fundei, mas na gestao,
exploracao e participacao do meu meio preferido: os forums de discussao,
ou, usando o termo mais frequente, os grupos de news/newsgroups.

“The medium is the message” diz McLuhan e diz bem. Na Usenet existem duas
entidades que estao, de momento, obviamente em conflito: as pessoas e
a tecnologia. O meio permite ou obriga a determinado tipo de mensagens;
as pessoas pretendem transmitir ideias, emocoes e opinioes; no caminho
que vai do emissor ao receptor, acontece um processo semi aleatorio, que
transforma e deforma a mensagem Usenet, resultando uma serie de erros,
desastres e incompreensoes quando nao insultos, difamacao ou mesmo crime.

Senao vejamos: se ha algo que frequentemente acontece nos newsgroups
e que e irritante e o spam, ou seja, o envio em massa de mensagens
para multiplos grupos sendo que o conteudo destas nada tem a ver com
o assunto de cada grupo em si. Razao ? Ha quem ache que a sua mensagem
ou produto deva ser divulgado a todo o mundo ou a toda a gente; como a
tecnologia Usenet o permite, fa-lo. “The medium is the message”…. Neste
caso a tecnologia (ou a falta dela) permite nao so o uso, mas tambem
o abuso. Nao esta em falta a tecnologia mas sim as pessoas e o uso que
fazem dela. No entanto a tecnologia pode e deve mudar. Outro exemplo:
e sabido que atraves dos meios electronicos, em particular o email ou
as news, e dificil ou impossivel transmitir mensagens da mesma forma
que pessoalmente. A principal razao e a falta da linguagem nao verbal,
do sorriso, do gesto de maos, do franzir do sobrolho. Por muitos smileys
que se use para salpicar a mensagem, esta tem sempre o potencial de ser
mal entendida, do receptor nao perceber a intencao desta ou daquela
frase. Resultado ? As “agradaveis” flame wars, em que quem tem pouco
que fazer se alegra num bate boca imenso, sem tino nem objectivo que
nao seja o “eu fui o ultimo a insultar”. Exemplo final: os anonimos,
os nao identificados, os alias, as mensagens forjadas ou falsificadas,
fazendo-se passar por terceiros (o que e punido por lei), as Lenas e
outros vermes. A tecnologia permite, logo, o utilizador usa. “The medium
is the message”. E a mensagem inicial, normalmente inane, estupida ou
abusiva, e rapidamente transformada em chamadas heroicas para o direito
de privacidade, para o direito a anonimidade, para a censura. “The medium
is the message”. A tecnologia permite a anonimidade ou a falsificacao,
logo o chico esperto usa.

E chegamos ao estado da arte actual da Usenet: na maioria dos grupos
o racio informacao/ruido e praticamente nulo; sao colocados artigos
em grupos onde nada tem a ver; todos se acham detentores do maior item
informativo da Historia da Humanidade e portanto e de bom tom enviar o
artigo para todos os grupos disponiveis; grassa o insulto e a difama&cc


23
Jul 99

Hey Ho Lets Go part II

From: “RVCI”
Subject: SysAdms, Programmers, HTML Designers, Editores/Redatores
Date: 1999/07/23
Message-ID: #1/1
Organization: RVCI
Newsgroups: pt.mercado.emprego

Somos uma Internet startup, em fase de crescimento, com venture capital,
escritorios em Lisboa (Av Jose Malhoa, junto ‘a Praca de Espanha) e
com novos projectos entre maos.

Achamos que temos um ambiente informal (leia-se: ninguem tem de usar
gravata) e divertido (leia-se: todos jogam Quake :) e muito trabalho para
fazer em projectos interessantes, com planos de compensacao atraentes.

Na proxima semana vamos organizar uma serie de encontros informais no
Novotel, por forma a nos darmos a conhecer, e a conhecer candidatos
para as seguintes posicoes:

Sysadms:
em particular postmasters, newsmasters, ftpmasters e webmasters.
Keywords: Unix, Linux, Solaris, NT, Sendmail/Qmail, INN, DNEWS,
Apache, DNS/bind, C, shell, Perl, PHP, TCP/IP, NFS

Programmers:
especializados em programacao de sistema e para a Web
Keywords: Unix, Linux, Solaris, NT, CGI, C, Perl, PHP, ASP, HTML,
RDBMS/SGBD, SQL, HTTP, SMTP/POP/IMAP, NNTP

HTML Designers/Programmers:
especializados em multimedia, user interfaces,ergonomia, design
Keywords: HTML, Javascript, Photoshop, Illustrator/Corel/Freehand,
Director, Flash, DHTML, XML, CSS, PHP, CGI, SQL, ASP

Editores/Redactores:
especializados em jornalismo/comunicacao, media digital e conteudos
Keywords: content licensing, digital publishing, multimedia
databases, arquitectura da informacao, metainformacao, contextos

Todas as posicoes sao em regime presencial (nao e possivel teletrabalho)
e para maiores de idade, com o objectivo de constituir uma equipa de 10 a
20 pessoas.

Se tens disponibilidade imediata (full time) e o perfil adequado,
agradecemos um email (com nome, idade, funcao a desempenhar e sumario
pessoal breve) a marcar dia e hora de presenca.


28
Feb 99

Hey Ho Lets Go

From: mvale…@esoterica.pt (Mario Valente)
Subject: HTML, Javascript, CGI, Perl, PHP/FI Programmer
Date: 1999/02/28
Message-ID: #1/1
Newsgroups: pt.mercado.emprego,pt.comp.so.linux

Programador(a) de paginas/sites HTML com comportamento definido por
Javascript e CGI (Perl e/ou PHP/FI).

Para participacao em projecto em curso de grande projeccao.
Entrada imediata. Grande Lisboa. Plano de compensacao atraente.

Exige-se: experiencia em criacao de paginas e sites usando HTML, Javascript
e Perl. Conhecimentos de PHP/FI e bases de dados SQL serao valorizados.
Prefere-se: espirito empreendedor, tshirt em vez de gravata e conhecimento
de instrumento musical.
NAO se pretende: HTML designers (Photoshop,FrontPage,etc); regime de
teletrabalho ou part-time; menores de 18 anos ou “meninos da mama”.

Os interessados devem responder por email com breve sumario e indicacao de
links de trabalhos feitos ( sem CVs e sem attachments ).

Cumprimentos.

— Mario Valente


18
Jan 99

Go Take an MBA

From: mvale…@esoterica.pt (Mario Valente)
Subject: Holding/SGPS/SCR/Offshore
Date: 1999/01/18
Newsgroups: pt.soc.economia

Alguem sabe/pode explicar as diferencas ?

O que e’ uma SGPS ? O que e’ uma holding ? O que e’ uma Sociedade de
Capital de Risco ? Qual a diferenca/vantagem de estar offshore ? Qual a
legislacao aplicavel ? Quais as vantageis legais e financeiras de cada uma ?
Que formato se deve usar ou e’ melhor para quem tem participacoes em
varias sociedades ?

Apontadores para decretos leis e legislacao aplicavel tambem sao benvindos
:-)

Cumprimentos.

— Mario Valente


10
Jan 99

Marques Has Left the Building

From: mvale…@esoterica.pt (Mario Valente)
Subject: MARQUES ROCK CLIUB: fecho e mudanca de actividade
Date: 1999/01/10
Message-ID: #1/1
Newsgroups: pt.rec.musica.geral

MARQUES ROCK CLUB MUDA DE ACTIVIDADE
E TERMINA COM
APRESENTACAO DE CONCERTOS

Lisboa, 8 de Janeiro de 1999

Depois de mais de dois anos a funcionar como bar e como espaco de apresentacao
de concertos ao vivo de musica moderna, o Marques Rock Club, por decisao da
gerencia, terminou em 1998 essa actividade.

A decisao deve-se em grande parte a indisponibilidade dos promotores para
manterem o projecto a funcionar a 100%. Mas a decisao acresce tambem o facto
de a aposta num espaco de musica ao vivo em Lisboa ter sido perdida. Na
realidade, se por um lado nao existe massa critica nem grande interesse por
parte do publico neste tipo de manifestacao cultural, por outro lado e
incontornavel que a falta de empenho e profissionalismo de managers, musicos e
outros agentes em nada contribuiu ou contribui para mudar a situacao.

De futuro o espaco podera mudar de nome, passando a reflectir a mudanca de
actividade em curso: o Marques Rock Club esta neste momento a ser usado como
local de ensaio e pre-producao de espectaculos ao vivo por algumas bandas,
entre as quais se conta a banda de Paulo Gonzo, estando a disposicao de
eventuais interessados nos contactos habituais.

Cumprimentos.

— Mario Valente