Path: mv.asterisco.pt!mvalente
From: mvale…@ruido-visual.pt (Mario Valente)
Newsgroups: mv
Subject: CDROM Os Lusiadas
Date: Sun, 20 Jan 08 00:10:21 GMT
Isto tem *tanto* tempo que ainda nem Internet havia
em Portugal.
http://lsm.dei.uc.pt/ribie/docfiles/txt20034173131OS%20LUS%C3%8DADAS.pdf
Alias, a Esoterica inicialmente foi criada para fazer
produtos multimedia (e nao Internet); este era um deles.
— MV
Path: mv.asterisco.pt!mvalente
From: mvale…@ruido-visual.pt (Mario Valente)
Newsgroups: mv
Subject: Podia Ter Sido Eu a Inventar o MacBook Air
Date: Thu, 17 Jan 08 00:55:21 GMT
Quando vi as primeiras imagens/publicidades do Mac Book
Air pensei: “olha! queres ver que o sacana do Steve Jobs
me roubou a ideia?! vou ja processar o bastardo!”
http://www.macpredictions.com/2008/01/macbook-air-sub-notebook-with-no-cables.html
As imagens e o texto sao enganadores; diz “cables not included”
e parece nao haver qualquer ligacao entre as duas partes do
portatil. Um bocado em linha com o que a minha homonima Maria Joao
Valente ja referiu, pensei logo em video wireless.
http://mac2.wordpress.com/2008/01/15/something-in-the-air/
Mas pensei mais do que isso. Pensei: queres ver que finalmente
apareceu alguem inteligente e fez um portatil composto por DOIS
ecrans LCD (com ligacao de video wireless ou normal), em que um
dos ecrans poderia ser usado com um teclado virtual, algo que a
Apple estaria especialmente preparada para fazer dada a experiencia
do multitouch no iPhone?
http://www.trendhunter.com/trends/canova-dual-touch-screen-laptop
Mas nao, afinal o Steve limitou-se a apresentar um portatil
que cabe num envelope. Inovacoes a serio e um processo de patent
infringement ficam entao para a proxima MacWorld.
— MV
PS – Ah! O MacOSX 10.3.5 instalou no Powerbook G3…
Citado das Seleccoes do Readers Digest, Julho 1976. Depois
de pararem de rir e gozar com o anacronismo, extrapolar o
raciocinio apresentado para a epoca actual e para tecnologias
como a Internet, o email, o MP3 ou os blogs. Analise e tire
conclusoes (2 valores adicionais para utilizacao do passado e
da analise para aplicacao as tecnologias actuais e projeccoes
quanto ao seu futuro).
“O Mundo Que a Xerox Criou
Fotocopiadoras – deuses ou demonios
Desde que foi aperfeicoada, ha menos de duas decadas, a fotocopiadora
Xerox tem contribuido para alterar o curso da historia mundial e
modificado radicalmente a rotina diaria dos empregados de escritorio.
Nos EUA dificilmente se encontra uma escola ou biblioteca onde nao
exista pelo menos uma dessas maquinas e, nos escritorios, a sala onde
se encontra a Xerox parece ter substituido a sala do cafezinho como
ponto de reuniao.
[…]
Em face das consequencias sociais, economicas e morais da nova
fotocopiadora de escritorio, chegou o momento de se perguntar: que
e que a Xerox inventou?
[…]
Hoje em dia a xeromania esta sendo motivo de acirrados debates nos
EUA, a proposito de direitos autorais. Bibliotecarios e educadores
acham que deveria ser permitido fotocopiar praticamente todos os
documentos; por seu turno, os autores e os editores, estao ficando
preocupados, pois alegam que suas obras vem sendo usurpadas.
[…]
Nos EUA a compulsao de fotocopiar esta tendo certos resultados
alarmantes. Uma nova impessoalidade invadiu as relacoes humanas, desde
o momento em que as copias Xerox passaram a ser usadas cada vez mais
para substituir comunicacoes de caracter pessoal: cartas, convites
para festas (com planta e tudo) e ate cartoes de boas festas.
[…]
Ate mesmo a contribuicao da maquina Xerox ao jornalismo e
ambigua. A copiadora pode ter ajudado os denunciantes descontentes
a fazer luz sobre algum governo obscuro ou sobre segredos das grandes
companhias, mas tambem contribui para tornar os burocratas ainda mais
taciturnos.
[…]
O grande deus Xerox tem mantido a sua parte no negocio – a maquina
fotocopiadora realmente torna mais facil a propagacao das informacoes
e, certamente, tudo o que prepare o caminho para novos conhecimentos
constitui lucro liquido para sociedade. De qualquer modo e um pouco
tarde para refrear a revolucao. Ja nao deve tardar o dia em que todas
as pessoas que tiverem uma maquina de escrever terao tambem uma
fotocopiadora. Se isso acontecer, entao a necessidade de discricao,
de autocontrole (e de linguagem clara), sera maior do que nunca; e,
se a ferramenta puder ser domada, os beneficios de uma expressao mais
livre e de uma ampla disseminacao de informacoes se multiplicarao
cada vez mais… e mais… e mais…”
— MV
As stated before, I took the opportunity of my xmas/newyear
holidays to do some thinking and reflecting. Not only is my
40 year anniversary coming up but the end of my 3 year service
comission is also approaching fast (June). Whatever I choose to do
next shouldnt be something short-term; it will/should probably be
something for the next 5 to 10 year cycle.
The way I see it there are 3 options:
– work alone (solo)
– work for me (entrepreneur)
– work for others (employee)
I’ll tackle the last one first. I am definitely capable of
working for others and within organizations. But its definitely
not one of my strong suites. As it is, for me to consider this
as an option, it would have to be something really special. Not
only in terms of payment/salary, but especially in terms of the
project. What I’m really good at is in leading small specialist
teams in special projects, preferably in problem-solving mode or
in product-development mode. I’m sure that I would have some offers
in this area, but I’m not sure about them being special.
A special case of this option would be working as entrepreneur
in residence for a venture capital firm or business development
unit. Taking into account Portugal’s status quo, I’m really skeptic
about this suboption.
I could definitely see myself going solo. I’d probably follow
my masters with a PhD, after finishing the thesis. With the
existing difficulty in finding good people for good teams, I
would rather work alone that with a bunch of average guys. I’m
sure some consultancy work would be available. And of course
teaching is something that I love to do, as well as doing
academic research (though I’m not so fond of paper writing…).
Finaly, the entrepeneurial option. This has been my “mode” most
of my working life and the one that I do prefer. But, as I said
before, its hard finding the right people. Nowadays I’m more
convinced that its easy/easier to find the funds/money. Besides
the “people” problem, and perhaps more fundamental, is the
project. As usual I have lots of ideas. Some of them would be
easily fundable and easily provided for in terms of people. Other
ideas would be more difficult to “sell” to investors and harder
to provision with good people. As an example I’m sure that some
friends & family would invest in some kind of “open source”
startup led by me and that such an enterprise would be able to
attract local talent. I’m less sure of the availability of both
capital and talent if I finally started a videogame company. But
that would definitely be an option to make me stick around for the
next 10 years…
— MV
Portanto, deixa la ver seu eu entendi bem:
– ha 3 ou 4 anos atras, numa aula de Macroeconomia com o Sr
Dr Cavaco Silva, hoje Sr Presidente da Republica (e os Srs
nao sao ironicos: foi um dos excelentes professores que tive
e uma pessoa que muito admiro), pedi esclarecimentos sobre a
possibilidade do wage-productivity-gap ser uma das causas
da bolha bolsista e do endividamento; perguntei se uma das
possiveis medidas nao seria *obrigar* a que as empresas
distribuissem parte dos seus lucros como premios/bonus (ou
seja nao e opcional e nao e so para alguns funcionarios); o
Sr Professor “acusou-me” de ser comunista (as if!), tendo eu
de defender muito bem que, pelo contrario, era uma medida
de puro capitalismo.
http://www.hereinmaine.com/politics/56500.php
http://graphics8.nytimes.com/images/2005/07/02/business/03cov1.graphic.gif
– o Sr Presidente da Republica faz neste inicio de ano um
discurso ao pais onde, entre outras medidas, sugere que os
salarios dos gestores das empresas estao exagerados, como
quem pretende sugerir que se estabelecam limites para os
mesmos, no que seria uma clara e desnecessaria interferencia
do Estado na esfera privada.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1315338
– portanto distribuir riqueza de acordo com a capacidade de
a produzir: mau; limitar a obtencao de riqueza por aqueles
que sao capazes de a gerar: bom.
– e o burro sou eu?! o comunista sou eu?!?! eheeeeeeeeeeeeeeehhhhhh…
— MV
PS – A SIC, numa monumental gaffe, daquelas que tanto gosta
de ironicamente exibir quando sao os outros a faze-las, sai
com a noticia de que o Presidente criticou os salarios altos
dos dirigentes da Administracao Publica. LOL! E so rir… Eu
sei que tenho (pelo menos neste momento) um conflito de
interesses, uma vez que sou dirigente da AP. Mas tenham do e
nocao: os dirigentes da AP, com as responsabilidades que tem,
ganham pouco. Muito pouco. Estarao todos lembrados, com certeza,
do caso Paulo Macedo… Ha dinheiro, ha resultados. Nao ha
dinheiro, nao ha palhacos…
