Esta coisa da Uber em Portugal mete nojo. É o gáudio dos lobbies e do nacional socialismo, também conhecido como nazismo.
A troco de uma suposta “livre concorrência” (na realidade protecionismo, proibido pela União Europeia) que proteja os taxistas portugueses (nacionalismo da pior espécie e xenofobia) e que garanta o bom funcionamento da sociedade (socialismo), o Estado cede a lobbies cedendo aos mesmos rendas absurdas e prejudicando os portugueses privando-os de serviços de maior qualidade e mais baratos.
Para saltar por cima da falta de jurisdição da Justiça Portuguesa sobre as empresas e serviços prestados, um juiz ataca indirectamente terceiros (operadores de telecomunicações e operadores de sistemas de pagamentos), numa ordem claramente fascista (corporativismo nacionalista). Ao nível do Grande Firewall da China ou da “democracia” da Coreia do Norte.
Para variar, os poderes instituidos, demonstram que ainda não perceberam bem como é que a Internet funciona: a Net intepreta a censura como um problema de rede e passa-lhe ao lado. “The Net interprets censorship as damage and routes around it.“. Este tipo de atitude faz-me sempre lembrar o Bastonário da Ordem dos Médicos, há 20 anos atrás, no começo da Internet em Portugal. Quando confrontado com o facto de ser possivel comprar medicamentos através da Internet, mesmo sem receita médica, o Bastonário disse que ia ver o que se poda fazer, inclusive falar com o Governo porque “talvez se possam proibir esses browsers”.
O facto é que há formas de dar a volta à questão da jurisdição. Se a Justiça portuguesa pode usar esse truque, é legitimo que o cidadão português (ou melhor dizendo, global) também o possa fazer…
A actuação em conformidade com a ordem judicial centra-se na censura de 3 pontos: acesso ao site, acesso à app e acesso a sistemas de pagamentos. Os dois primeiros são implementados pelos operadores nacionais de telecomunicações e o terceiro sobre o sistema bancário e financeiro, através de uma ordem ao Banco de Portugal para que ordene aos bancos a proibição de transferência de fundos de e para a Uber.
Para resolver o “problema de rede”, é preciso redirigir o “tráfego” digital à volta do mesmo.
Formas alternativas de aceder ao site uber.com:
– basicamente existem duas alternativas: proxies (“procuradores”) e vpns (virtual private networks; redes privadas virtuais)
– tanto para uma como para outra alternativa existem versões gratuitas e versões pagas
– no caso dos proxies pode dizer-se que há duas opções: o uso de uma aplicação ou o uso de websites com esse serviço
– no caso das vpn o uso de uma aplicação é quase opção unica.
Opções, portanto:
– para usar free proxies: procurar no Google por free web proxies . Exemplos: ProxFree, KProxy , Hide.Me. Exemplo para aceder ao Uber usando o Hide.Me
– para usar proxies pagos, melhores e mais rápidos.
– para usar VPNs gratuitas: procurar no Google por free VPN services. Exemplos: Cyberghost, HotspotShield.
– para usar VPNs pagas, melhores e mais rápidas. Exemplos: HideMyAss , HideMyIP, FoxyProxy.
– de notar que muitos dos serviços referidos, em particular os pagos, oferecem muitas vezes os dois serviços (proxy e vpn)
– de notar que o uso de uma VPN (preferencialmente paga), tem outras vantagens: maior segurança das comunicações, protecção de dados quando se acede através de redes WiFi públicas ou possibilidade de registo e uso de serviços apenas disponveis fora de Portugal (Pandora, iTunes, Netflix, etc)
Se as opções acima são muito complicadas ou caras, duas alternativas mais simples:
– instalar extensões ou plugins para o seu browser. Há para Firefox e para Chrome. Para Windows/Explorer/ouumamerdaqq existem duas opções: instalar o Firefox ou instalar o Chrome.
– provavelmente a melhor opção de todas: instalar o browser Tor. O Tor, baseado no Firefox, usa a famosa/famigerada rede Tor que anonimiza todos os acessos a websites. Para além de garantir extrema privacidade nas comunicações (pr0n!) permite também usar os famosos/famigerados sites .onion. Com cuidado: alguns são ilegais e outros não são adequados para menores. Se estão a pensar aceder ao site SilkRoad (silkroad6ownowfk.onion) para comprar 2Kg de cocaína, esqueçam: o site já fechou e o fundador apanhou prisão perpétua.
Para aceder às apps:
– pelo menos neste momento a app Uber continua disponivel nas respectivas app stores: para Android e para iPhone. Não sei se será fácil forçar a Apple ou a Google a retirá-las.
– de qualquer forma, os serviços de proxies e de vpn anteriormente referidos permitem redirigir as comunicações por forma a que pareçam vir de outro país. Bingo. Voilá. Install all the apps!
– no caso particular do Android, não é obrigatório instalar apps através da Play Store. Basta pura e simplesmente fazer download do ficheiro APK da aplicação no seu smartphone ou tablet e aceitar a instalação. A última versão da app Uber está aqui. No caso particular da Apple, podem deixar de ser pretensiosos e comprar um smartphone Android. Ou então ligar ao Steve Jobs a protestar. Boa sorte.
– em último caso, é bom saber que não é obrigatório usar as apps para usar o serviço Uber: existe o mobile site da Uber que a Justiça deixou escapar (ou os operadores de telecomunicações; olá pessoal, não estão a trabalhar direito).
Para resolver o “problema de rede”, é também preciso redirigir os “fluxos financeiros” à volta do mesmo.
Alternativas:
– o MBNet pode ajudar. Como lhe permite criar um cartão VISA virtual, sempre com um numero diferente, pode dificultar que lhe bloqueiem o cartão. No caso dos condutores, que precisam de receber (e não de pagar), existem várias alternativas de cartões de débito identicos a cartões VISA/MB que podem ser carregados (ou seja, de receber pagamentos)
– o PayPal seria/será uma alternativa, mas neste momento não está disponivel em Portugal
– é possível comprar cartões oferta Uber. Ainda não se percebeu bem onde, o link para o fazer aparece a alguns clientes e a outros não. É comprar cartões oferta e usá-los para carregar a sua conta Uber.
– finalmente, mais radical, é possivel comprar cartões VISA pré-pagos, internacionais, fora da jurisdição do Banco de Portugal e do sistema financeiro português (nomeadamente Unicre).
- Payoneer – US/EU Payment services.
- Netspend – How it works.
- ViaBuy – Mais informações.
- Entropay – Features and benefits.
- Neteller – Serviced Countries.
Finalmente, a derradeira hipótese: esperar que cheguem a Portugal alternativas ao Uber, tais como Lyft, Sidecar, Hailo, etc. Existem dezenas de alternativas, algumas delas sedeadas na Europa. Quero ver como é que o Estado Português, em particular a Justiça e os juízes, vão conseguir impedir a entrada de empresas europeias e confrontar as medidas de sã concorrência que são impostas (e bem) pela União Europeia.
NOTA FINAL: este artigo foi escrito assumindo que em Portugal existe liberdade de expressão. No entanto, como é um País cada vez mais nacional-socialista, posso estar enganado. Ainda por cima tenho nariz de judeu.