06
Jun 10

As Escolhas do MV (XXVIII)

Vamos lá a isto:
  • já há uns tempos que não me divertia tanto com um jogo. O Abduction para qualquer telemóvel ou dispositivo Android (não há para telemóveis gayzolas), tem-me divertido imenso. Faz-me lembrar o Bugaboo, um jogo do Spectrum que era um dos meus favoritos. Aliás, não sei porquê tenho um gosto especial por jogos em que o objectivo é partir de um ponto no “chão” e ir subindo no écran em scroll vertical (Sir Fred and Rainbow Islands FTW).
  • para os empreendedores esta semana fica uma sugestão sobre a qual não vou elaborar muito, apenas vou citar uma parte: “Pretty much every startup you’ll ever meet will say it is better than its competitors. However you want to measure it—speed, technology, revenue model, whatever—a young company will say it outperforms others in its class. What’s more, it’s smaller and nimbler than the big companies, so it will be able to innovate faster and stay ahead of the curve. Just one problem: That’s exactly why it will fail.” (How to Predict Whether a Startup Will Succeed or Fail: Testing the “Disruptive Innovation” Model)
  • acho que já referi por aqui que uma das minhas bandas favoritas são os Saga. Estes artistas têm uma colecção de álbums fantásticos. Em alguns aparecem umas músicas que têm como subtítulo “Chapter __”. É suposto serem os vários capítulos de uma história, mas que nunca foram passados a CD nessa forma (com excepção de uma versão ao vivo); os vários capítulos aparecem de forma salteada em vários álbums. Vale a pena ouvir os Saga Chapters de uma penada.
  • no que diz respeito a livros os últimos tempos foram dedicados a lamber todos os livros do Mickey Spillane publicados pela Vampiro, conforme referi da última vez. Arranquei a ler o “The World’s Religions” mas pelo andar da carruagem vai demorar a acabar.
  • Friedrich Hayek é considerado um dos maiores economistas e filósofo político do séc. XX. Em 1974 foi-lhe atribuido o Prémio Nobel da Economia. Tendo começado por ter um pensamento socialista, analisou a fundo as consequências desse pensamento e acabou por concluir que o socialismo era impossível e até perigoso. No seu livro “The Road to Serfdom” inclui um capítulo cujo título é “The Socialist Roots of Nazism”, o que é esclarecedor. Vale a pena ver o professor Hayek a expor os seus argumentos contra a impossibilidade de uma sociedade socialista (tem legendas em inglês e pode ser selecionada a opção para traduzir para Português). Não resisto a citar parte de um dos seus livros: “Democratic socialism, the great utopia of the last few generations, is unachievable. It produces something so utterly different that few of those who wish it would be prepared to accept the consequences.   Many will not believe until the connection has been laid bare in all its aspects”. Para os cães raivosos do costume: não, não ser democrata e não ser socialista não implica ser fascista. Muito pelo contrário. Como o professor Hayek argumenta no “The Road to Serfdom”, é nos sistemas socialistas que é inevitável a chegada a um sistema autoritário. Numa sociedade capitalista ninguém tem ou teria um poder tão grande quanto um Governo socialista. Um Estado que tudo dá é um Estado que tudo pode tirar. Normalmente através do aumento de impostos, “pedidos” aos cidadãos a coberto de um monopólio da força e das armas.

E pronto, tá feito.