Bem, hoje já é Sábado, desculpem lá. Mas as candidaturas a fundos e as apresentações para as aulas não aparecem feitas sózinhas. Ainda liguei um microfone ao PC e disse “Alô, alô, documento das candidaturas à caixa 5 por favor”, mas não funcionou. Por isso não digam que vão daqui…
- eu recuso-me a comprar um iPhone (ou um Mac, mas isso é outra história). Admiro muito o Steve Jobs (há muito tempo, desde que ele fazia computadores de jeito), mas recuso-me a entrar no “reality distortion halo” que ele cria ou a entrar na alucinação consensual dos recém convertidos à religião Apple. Mas mais do que isso recuso-me a jogar o jogo de uns gajos que se estão a tornar piores do que a Microsoft. Se a Microsoft aparecesse com um telemóvel que não permitia a instalação de qualquer aplicação que eu desejasse, que apenas instalava aplicações aprovadas por eles, com ferramentas proprietárias que apenas eles produzissem e vendidas numa loja gerida por eles, caía o Carmo e a Trindade. “Bandidos, malandros!”. Para os mesmos “pseudo rebeldes independentes lutadores contra o papão Microsoft” já não há problemas em terem a Apple a pegar-lhes de empurrão e a dar-lhes com o bafo quente no cachaço. Uma cambada de incoerentes morais. A diatribe vem a propósito de qual o próximo telemóvel a comprar. Recuso-me a comprar um iPhone. Andei durante os últimos 5 anos com um Nokia 6820. Muito bom. Mas estava a começar a dar o berro. Quis substitui-lo pela nova versão, o Nokia E70, um telefone a sério, daqueles que têm teclado e tudo, com uma inovação ao nível do interface que são aquelas coisas chamadas… teclas, que até chegam a fazer clique, mas nada feito, muito complicado de arranjar em Portugal. E como tinha pontos dentro do plano da empresa, acabei por ser enganado com um Nokia E71. Para o que é serve, mas quanto mais rápido puder deixar de o usar melhor. Andei bastante tempo apostado em ter um Google phone (na realidade um telemóvel normal com o sistema operativo Android, desenvolvido pelo Google). Mas as várias versões que sairam eram fraquinhas, o sistema lento e os telemóveis também. A minhas escolha foi o Palm Pre: sistema Linux, desenvolvimento em standards (HTML/CSS/JS), porreiro pá. Fiz o pré registo na Expansys. Já não bastavam os vários reports a dizer que o Pre era lento comó caraças ainda por cima esta semana chega o email da Expansys a dizer “ah e tal podemos entregar já mas é um Pre com teclado QWERTZ e não QWERTY, queres esperar por esse?”. Porra!, pois claro que quero, é suposto o quê, passar a fazer de conta que sou alemão? Azar dos azares: esta semana foi um sururu com o novo Motorola Droid. Parece que é bom. O Motorola Cliq também não parece mau, mas tá feito: o que eu quero é um Droid.
- há para aí muita malta que acredita no bullshit do Calacanis acerca das “zero cost startups”. Daqui do alto da minha arrogância proclamo que o Calacanis me pode beijar o proverbial rabo. É muito fácil inventar ideias “disruptivas” depois de ter sacado 25 ou 30 milhões pela venda da Weblogs à AOL. Se o Calacanis é assim tão visionário, porque é que não começou a Mahalo com zero dólares? Porque é que teve de levantar 16 milhões de dólares para a criar? Só se os 16M forem para dar festas e pagar em gelados à malta que tem de trabalhar à borla para que a startup seja “zero cost”. Enfim, acreditem no que quiserem, mas vale a pena ler o ponto de vista oposto e que não é escrito por nenhum hustler nem nenhum vendedor da banha da cobra.
- fica um bocado mal dizer que passei a semana outra vez a ouvir maioritariamente o canal Space Channel da DI.fm. Mas é a verdade. Minoritariamente, para fazer boot ao cérebro e para desenjoar, andei a re-ouvir a minha colecção de mashups. A BootieUSA é um bom fornecedor de MP3 do género.
- a maior parte dos mashups tem só a parte audio. Já há alguns mashups em MP3 que foram aproveitados para fazer o mashup do vídeo. Dois bons exemplos tanto do mashup audio como do mashup video: Detoxic (Britney Spears vs Amy Winehouse) e Pink Wedding (Billy Idol vs Pink). Isto são bons exemplos. Depois há coisas que são completamente imorais (where is your GOD NOW?!?!)
- isto de filmes anda fraco. Posso dizer-vos que tenho ali a série do Wind in the Willows e praticamente ainda não lhe pus a vista em cima.
- de livros também não anda famoso. Também tenho ali para ler o The Willows in Winter que recebi do Bookmooch e tá difícil.
- a capa do Público da passada 5a feira dia 29/10 resume de forma sintética os últimos 70 anos da governação de Portugal.
E pronto, tá feito.