As Escolhas do MV (II)

A sério que comecei a escrever o post ainda era sexta feira… Mas entre deitar os sobrinhos e ver o que se passou na semana que valesse a pena destacar, acabou por passar da meia noite. Por isso, sem mais delongas e uma vez que tenho de me levantar cedo porque os putos dão o toque de alvorada ao primeiro sinal de luz, cá vai:

  • em termos de tecnologia esta foi a semana em que fui testar algumas das distribuições mais recentes de Linux. Com uma placa gráfica nova instalada, resolvi ir ver essa história do Compiz, do eye candy e outras mariquices. Tá bem, é giro. Mas continuo a não gostar nem do Gnome nem do KDE. Vinte anos depois (no caso do Windowmaker, aqui a representar o desktop da NexT) e 10 anos depois (no caso do Enlightenment), continua a não haver desktops como estes. Se o Steve Jobs tivesse usado o desktop NeXT (à homem) no MacOSX (em vez da mariquice panisga que usa) eu até comprava um Mac. Assim não. Até a Apple lançar o tablet, a única coisa com que me apanham é o meu Newton.
  • provavelmente já toda a gente ouviu falar na aquisição da Mint (software online de gestão de finanças pessoais) pela Intuit (produtores do Quicken, software offline de gestão de finanças pessoais). O fundador, rapazinho de 25 anos, andou a bater à porta de alguns business angels e de algumas empresas de capital de risco e nada, ninguém lhe ligou nenhuma. A First Round Capital (empresa a meio caminho entre serem business angels e serem uma empresa de capital de risco) foi quem, em Outubro de 2006, providenciou o capital de arranque (estimado em cerca de 1.7 milhões de dólares), com investidores adicionais a proporcionarem 15 milhões adicionais, totalizando 17 milhões investidos. A empresa foi adquirida por 170 milhões de dólares, retornando 10x o capital aos investidores Series A e 100x o capital investido pela First Round. Em 3 anos. Aqui era a altura em que eu fazia um comentário sobre o capital de risco em Portugal, mas não me apetece. Fica o link para um artigo do Josh Kopelman, managing director da First Round, onde ele explica porque é que está disposto a investir em empresas que reduzam o tamanho de um mercado. Se compreenderem o artigo e tiverem uma ideia destas, não falem com ele falem comigo :-)
  • passei a semana a ouvir o Space Channel da DI.fm. Por isso a sugestão da semana são os sons dos System 7. É ambient techno ou IDM (Intelligent Dance Music) ou o que lhe quiserem chamar. Sim, também gosto. É que quando estou a trabalhar não dá para estar a fazer headbanging ao som dos Blessed By a Broken Heart (Christian Metalcore, listen at your own risk).
  • o video desta semana é um de muitos que faziam parte do programa de TV Banzai, uma série britcom a gozar com os TV shows japoneses que chegou a passar na SIC Radical. Todos os sketches eram concursos para o telespectador fazer apostas. Neste caso é um concurso para saber qual de dois esquilos (Vangelis e Marzipan) é o primeiro a ser levantado do chão por um cientista usando apenas nozes e uma cana de pesca. Place bets nowww!!
  • na semana em que morreu Patrick Swayze, a recomendação cinéfila só podia ser o mítico filme de culto Pointbreak, um dos meus favoritos entre os vários filmes de roubos e heists da minha lista.
  • como ando a preparar as aulas para o mestrado em Open Source do ISCTE, tive de rever um dos livros que recomendo na bibliografia: Democratizing Innovation, do professor Eric Von Hippel. Não é preciso comprar que está disponível para download.
  • numa semana em que discutiu muito as opções políticas e em que até apareceram uns questionários online (que parece que ganham prémios e tudo) para determinar o quadrante politico de cada um, vale a pena referir que os mesmos não são mais do que cópias rafeiras da Nolan Chart (tão a ver a matrizinha? tão a ver que se pode ser nem de esquerda nem de direita? tão a ver que os partidos existentes são incoerentes quanto às liberdades pessoais e económicas?). Pois é, este malandro do Nolan é um bandido de um americano libertário que defende um capitalismo selvagem. Mas vão lá ao site do Partido Libertário e preencham o Worlds Smallest Political Quiz. E depois digam onde é que calharam e se os partidos que existem endereçam as vossas escolhas.

E ficamos por aqui. Despeço-me com amizade até ao próximo programa.

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