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Há uns cinco anos escolhi o Python para as aulas de Linguagens e Ambientes de Programacao da licenciatura em Informatica da Univ. Moderna. Os alunos ficaram muito chateados, queriam Java ou .NET ou uma merda do género. Parece que afinal era boa ideia http://ping.fm/7pcIA Também me lembro de um artista no Gildot que dizia que eu “havia de chegar longe se achava que o Python era uma boa linguagem”… É só rir… Hoje, se voltasse a dar essa cadeira (ou uma do género), estavam bem lixados: levavam com Javascript que era um regalo. Depois passados 5 anos se veria se eu tinha razão ou não…

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1 comment

  1. Não deixa de ser irónico, eu ter-me queixado por se ter dado Java na minha faculdade em vez de Python, o meu “personal affair”.

    As faculdades devem ensinar programação e não “linguagens de programação”. Na minha opinião, as linguagens de programação na faculdade são, mais do que tudo, “um meio para” ensinar, ensinar programação. Alguém que saiba programação aprende uma linguagem nova num fim de semana e se não conseguir, há uma boa probabilidade de estar a perder tempo na linguagem errada.
    O sucesso da linguagem no mercado deve ser um argumento secundário (nota: este sucesso não se mede só pelos casos de sucesso como o Google e a NASA que não representam um mercado, de facto dominado pelos Java’s e .NET’s) no que toca à escolha daquilo que é, em primeiro lugar, uma ferramenta de aprendizagem. Todos sabemos como é que estas coisas evoluem pelo que, não interessa tanto tentar escolher a linguagem mais provável de ser adoptada no trabalho a longo prazo (pois não existe), mas sim escolher uma linguagem que melhor contribua para uma boa uma captação dos fundamentos de programação que se tentam ensinar numa faculdade.

    Finalmente, a escolha daquela que é a melhor linguagem de programação para fins académicos deve ser metódica e por si só bem estudada pelo que não é neste post que a iria fazer. A título de exemplo, acho que Java e a sua “burocracia” no que toca à declaração e classificação de métodos e classes de forma bastante explícita torna-a preferível face a Python onde por exemplo, conceitos como “público”, “privado”, “protected” e os tipos de objectos não aparecem de uma forma tão explícita (bom, para quem já sabe). Num contexto um pouco diferente, C é uma boa linguagem para introduzir temas como gestão de memória que aparecem abstraídos com os garbage collectors.